segunda-feira, 9 de março de 2015

“À PROCURA DE UM MORTO” (7)




“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (GÁLATAS 2:19,20)
ACHADO O MORTO:      “Já não sou eu quem vive...”
        Caro leitor, quanto a mensagem desses dois versos de Gálatas é importante para nosso viver! Na cruz Cristo trouxe para nós aquilo que seria impossível para ser aplicado à nossa vida, se não fosse a sua morte na cruz e a nossa identificação com Ele. Não há como vencer a lei, a carne e o mundo se não for pela cruz, mas nosso Senhor foi até ali para ser nosso perfeito substituto e anular toda maldição que fatalmente cairia sobre nossas cabeças para sempre. Paulo entendeu isso em seu viver; Paulo não procurou alternativa para um viver vitorioso; Paulo não procurou uma segunda bênção, nem um suposto batismo do Espírito, nem sequer tentou se desviar usando artifícios religiosos; Paulo nem mesmo se apoderou da posição de um apóstolo. Para ele a resposta foi a cruz, para ele sua história tinha começado ali, a nova vida em Cristo tinha plena e eterna ligação quando o Senhor foi exposto ali no calvário.
        Mas quero agora chamar a atenção os detalhes daquilo que Paulo mostra no texto em pauta. O morto foi achado e quem foi que morreu? A resposta é achada no verso: “Porque eu...”. Notemos bem como Paulo afirma que o Velho Saulo de Tarso realmente estava morto, o famoso “eu”. É exatamente isso o que acontece quando homens e mulheres se convertem de coração, quando estão convictos de seus pecados e quando ouvem a mensagem da tão grande salvação conquistada ali na cruz. Quem foi que morreu? “Eu morri”! Foi isso o que Agostinho imediatamente entendeu, porque assim que conheceu o Salvador e a salvação, eis que imediatamente a fé cristã tomou a mensagem da cruz como arma de ataque e de defesa. O mulherengo Agostinho era um novo homem, era agora alguém que se considerava morto para seus desejos malignos. Não significa que ele não tivesse mais desejos carnais e ardentes, mas a cruz e sua união com Cristo ultrapassou tudo e ele considerou tudo lixo quando comparou com as maravilhas eternas dessa conquista.
        Caro leitor, entendamos bem que o velho eu morre quando há conversão sincera e real. Enfatizo isso porque eu sei que quando os pecadores não são confrontados com a mensagem correta, quando eles apenas creem, sem haver qualquer confrontação com seus pecados, então jamais os homens vão conhecer o que realmente significa “Estou crucificado com Cristo”. Tomo agora o Salmo 45, porque ali vemos como o Senhor Jesus chega munido da verdade, a fim de atirar suas flechas de amor contra corações pervertidos e endurecidos dos homens. Notemos bem que há uma terrível resistência dos pecadores contra o Senhor da glória, que não há qualquer pensamento nem sentimento de querer o Senhor na vida. O velho homem em Adão há de se levantar e engrossar a voz contra o Filho de Deus, que há de dizer-lhe: “saia do meu caminho”, ou “Não quero seu reino em minha vida”.
        Caro leitor, o homem natural pode parecer por fora tão religioso e moral, mas a verdade é que a Palavra de Deus está tratando com o homem do coração, o qual não foi regenerado, o velho homem amante do mundo e escravo de todo tipo de iniquidade. As flechas do amor de Deus são atingidas para ferir o velho com os golpes do evangelho. Enquanto o velho homem em Adão não for tombado, jamais se curvará para Cristo como Senhor e Salvador. Foi esse “eu” de Saulo de Tarso que morreu: “Eu morri...”.
        Meu amigo, você pode compreender essa verdade em sua vida? Pode dizer que um dia você foi visitado pela graça e todo seu orgulho foi vencido e assim pode confessar seus pecados e invocar o Nome do Senhor para ser salvo?

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