segunda-feira, 10 de abril de 2017

A CONFISSÃO DE VIDAS SANTAS (4)

“Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios” (Cantares 6:3)
É UMA CONFISSÃO DE FÉ GENUÍNA.
        Essa confissão parte dos lábios de alguém que foi libertado do pecado, a fim de viver para Deus. Não há como alguém declarar isso, se ainda estiver aliado ao mundo e servindo a iniquidade. Aliás, qualquer tipo de escravidão ao pecado significa que a pessoa terá a sua confissão mostrada em seus atos; ela dirá: “Eu sou do meu amado...”, mas seu amado nunca será o Senhor Jesus. Cristo não habita num coração que está trancado para ele e onde ainda há aliança com o mal. Nós revelamos de quem somos pelos nossos atos; nossas obras provam o estado do nosso coração, então, podemos dizer que a alma religiosamente enganada há de revelar o que é e que sua confissão será mostrada através das palavras que saem continuamente de sua boca. Judas sempre declarou em seus atos seu eterno romance com as riquezas; Pilatos confessou seu amor às glórias terrenas, porque mesmo vendo Jesus como inocente, ainda assim entregou para ser crucificado, com medo de perder a posição e o prestígio.
        Não esqueçamos que é na conversão que essa confissão manifesta para jamais deixar a alma que se arrependeu. Onde Jesus entra, dali jamais sairá: “Entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo” (Apocalipse 3:20). Aquele que começou a vida cristã, mas que logo abandonou, fez isso porque jamais conheceu o Senhor conforme acontece no coração. Muitos chegam perto das maravilhas da graça, mas permanecem observando, achando bonito, mas nada houve da aliança que Deus faz com seus remidos. Muitos chegam a participar da luz, mas não demora muito para que voltem para as trevas, porque pertence às trevas. Muitos brilham com uma luz de vagalume, mas não demora em que essa luz apague de uma vez por todas. Qualquer tentativa da carne para pertencer a Cristo, não passa de uma festa transitória.
        A genuína confissão é obra do Espírito de Deus naqueles que são chamados para pertencer a Cristo para sempre. É algo normal e duradouro e que envolve a vida no dia a dia. Os que são de Cristo hão de brilhar como o sol, para sempre. Os que não são podem brilhar por um pouco, mas logo chega satanás para apagar o entusiasmo momentâneo. Para confessar: “Eu sou do meu amado...” precisa realmente conhecer o Senhor Jesus pela fé na palavra. É um casamento, uma aliança feita com a alma que achou a verdade que liberta. Deus não escondeu seus mistérios da salvação; Deus não ocultou o grande Salvador. Nosso Senhor foi plenamente revelado em tudo aquilo que pecadores precisam saber para sua salvação. Por essa razão homens que confessam a Cristo, fazem isso com firmeza e convicção. Ora, eles entenderam a verdade, souberam acerca desse salvador que desceu do céu e veio à terra, a fim de libertar pecadores do terror do pecado e da condenação merecida.
        Essa confissão é de alguém que pode realmente entender o amor de Cristo em sua vida. O verdadeiro amor traz confissão ao objeto amado. Nunca houve um amor igual o do Senhor pelos seus remidos. Ele provou esse amor em todos os detalhes; nada houve na obra do Senhor que faltasse esse; nada ninguém pode fazer para fazer esse amor mais forte ainda. Cristo amou perdidos; Cristo comprou para si homens e mulheres condenados, vis, pecadores que voluntária e decididamente se atiraram nos braços do diabo ali no Éden. Nossa história é de terror e a história de Cristo é que ele veio e recebeu todos esses terrores sobre si. Sendo assim, como podemos olvidar esse amor? No coração remido habita esse ser glorioso, porque o amor foi além, além de se entregar a si mesmo, ele foi à busca desses pecadores, a fim de purificar seus corações e habitar ali. Ele chegou e lançou fora todos os inimigos, libertando a alma dessa opressão, trazendo vida eterna e passando a guiar o salvo pelo caminho de santidade e assim leva-lo ao céu.

Nenhum comentário: