quarta-feira, 19 de abril de 2017

A CONFISSÃO DE VIDAS SANTAS (10)

“Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios” (Cantares 6:3)
É UMA CONFISSÃO DEFINIDA. “Eu sou do meu amado”.
         Também essa confissão deve ser bem definida, sem qualquer titubeio: “Eu sou do meu amado”. Qualquer sedutor percebe quando a mulher vacila em seu amor e fidelidade ao marido. Satanás é esperto e percebe quando os crentes vacilam na fé. Tenho visto muitos crentes mostrarem fervor e disposição para consagração a Deus, mas logo eles são postos à prova e vacilam. Quantos se dispõem para a leitura bíblica e uma vida devocional constante, mas logo surge o mundo com suas preocupações, e assim a disposição para uma confissão bem definida desaparece como fumaça.          Satanás sabe bem como lidar com os vacilantes; ele sabe como enviar visitas, especialmente na hora de ir ao culto; ele sabe como estorvar os intentos de santificar o dia do Senhor, e para isso promove confusão no dia anterior – o sábado. O que ocorreu com Pedro ao negar ao Senhor foi devido ao fato de ter ele confiança demasiada em si mesmo, por essa razão foi posto para ficar sozinho perante os inimigos; satã o pegou para cirandar e mostrar o quanto o pobre Pedro não passava de frágil molusco diante dos terrores pelos quais Jesus passou. Nossa frágil constituição pecaminosa nada tem de poder para atuar pela fé e amor por Cristo. Se não nos humilharmos, facilmente seremos demolidos, como uma casinha feita de barro.
         Então, não pode haver qualquer relutância, pois o amor por Cristo deve prevalecer em nosso viver. A fé cristã e a devoção ao Senhor deve estar acima de todo esse sistema passageiro e corrompido daqui. Se quiser seguir a Cristo e viver com confiança apenas nele, temos que lembrar sempre que até mesmo as coisas lícitas podem se tornar estorvos à fé. Se estivermos dispostos a amar mais nosso conforto, amigos, filhos e outras coisas daqui, certamente nossa confissão vacilará. Ela será firme na igreja, mas desaparecerá noutros dias e sob as circunstâncias adversas. Por isso devemos seguir cheios da palavra, cercados da santa convicção de fé, cientes do amor de Cristo por nós e do nosso dever que temos de honrar aquele que nos tornou honrados perante Deus com uma tão grande salvação.
         Como fazemos isso? Creio que a primeira lição é que devemos estar cientes de que o amor de Cristo por nós é um amor seguro, firme e constante. O amor conquistador do Senhor jamais se afundará nesse mar de lama do pecado. O Senhor prometeu que há de cuidar de nós; que as circunstâncias adversas são apenas aulas da graça, a fim de nos aperfeiçoar na fé. Esse amor nos acompanha, em qualquer lugar, em qualquer situação. Esse amor nos disciplina, a fim de que por meio dessa disciplina sejamos fieis e santificados para ele. Muitos pensam que uma vez salvos podem viver como bem quiserem. Mas estão cercados de uma crença enganosa, porque jamais o Senhor irá permitir que sejamos enganados, ou que venhamos a desonrar seu nome neste mundo. Quando vemos um crente infiel e mantendo essa infidelidade e amor ao mundo no viver, devemos saber que ele não é realmente um crente, que não houve conversão naquela vida.
         Outro fato que mostra uma confissão segura no viver do crente sincero é que ele passa a autoridade de defesa para Cristo, seu amado. Nada podemos contra satanás, o mundo e a carne, mas Cristo pode tudo. Ele luta por nós, ele vai à nossa frente em nossa defesa. Ele nos ensina e nos mostra o caminho pelo qual devemos andar. O Senhor não perde de vista ninguém que foi salvo; seus interesses pelos santos são eternos, porque aquele que veio ao mundo e se entregou por nós, a fim de nos comprar para si mesmo, certamente há de mostrar seus intensos cuidados diariamente. O verdadeiro crente há de dizer: “Seguro estou, não tenho temor do mal, sim guardado pela fé em meu Jesus”.

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