quarta-feira, 11 de maio de 2016

A ESCRAVIDÃO NO PECADO (10)




“Em verdade, em verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34)
A PROVA DA ESCRAVIDÃO: “...todo o que comete pecado...”
        Amado leitor, eu sei que não obterei popularidade ao falar de um assunto como este, porque de maneira nenhuma o ser humano quer admitir que ele não é livre. O ensino do livre-arbítrio teve origem no pecado e é por isso que os homens se agarram a essa mentira, justamente porque querem se alimentar de tudo aquilo que é mentira (João 8:45). Mas o propósito da pregação autêntica não é conquistar popularidade, mas sim de pregar tudo quanto nos foi ordenado a pregar. Somos súditos do Rei da glória e ai de nós os pregadores, se não cumprirmos fielmente nosso dever.
        Dando continuidade a esse assunto, digo e afirmo que os homens no pecado são escravos num mundo cercado de perigosos inimigos. Satanás habilmente trata seus escravos com profundo carinho, faz-lhes promessas que lhes enchem de emoções e que avivam suas esperanças em ver este mundo como  o lugar ideal para viver. Mas as almas tão cegas não conseguem enxergar que são poderes das trevas que as controlam; nada veem porque habitam em escuridão e o pai da mentira se disfarça bem. Eles não percebem que a liderança do mal neste mundo é terrivelmente cruel, que nada tem para recompensar seus escravos, que os fazem sofrer aqui e que no final da vida cada um deles é atirado com desprezo para o abismo eterno. No pecado os homens são incapazes de enxergar a realidade das coisas; eles veem as aparências apenas. E o único livro que os homens dispõem para ensinar-lhes sobre seus inimigos é a Bíblia.
        Os escravos também são constantemente açoitados e não conseguem ver o quanto são odiados, maltratados e aviltados neste mundo. Eles só conseguem enxergar as “panelas de carnes” que comem; vivem das emoções que os prazeres tão transitórios lhes concedem e acreditam que o amanhã será um dia ainda melhor. Também, os escravos não percebem que estão cercados e extremamente limitados no território onde vivem por tão pouco tempo. O reino de Deus é infinitamente aberto e maravilhoso para os que creem, mas não é o caso dos escravos, porquanto eles estão cercados aqui e desse lugar não podem escapar. Cada um deles está marcado para a sentença eterna e estão caminhando pelo corredor da morte, sem que percebam para onde estão indo: “Está prestes a vir a perdição de Moabe, e muito se apressa o seu mal” (Jeremias 28:16).
        Além disso precisamos conhecer o poder da escravidão na qual vemos milhões e milhares aprisionados. Se não examinarmos a situação dos homens no pecado, do ponto de vista bíblico, certamente seremos levados pelas correntes de engano e pelas emoções que tanto controlam as mentes dos homens religiosos em nossos dias. Precisamos avisar os homens do terrível perigo que ameaça suas almas; precisamos alertá-los de que a morte espreita suas vidas e que eles estão dominados pelo engano do pecado e que esse engano é a maior obra de arte feita pelo pecado em cada ser humano (Jeremias 17:9).
        Então, posso afirmar que a escravidão do pecado é primeiramente enganosa e enfeitiçadora. Por quê? Porque os homens não percebem que estão sendo iludidos e embrulhados a todo instante. Eles não percebem que estão vivendo pelo engano, não somente no íntimo, como também ao derredor. Os homens são terrivelmente enganadores e aproveitadores uns dos outros para fazê-los sentir que estão bem. Eles no pecado pensam que a vida consiste em ter comida, saúde, amizade e o conforto dos bens e dos parentes. Além de tudo não percebem que tudo o que parece ser bom e belo aqui é algo que acaba num instante: “Ora, o mundo passa” (1 João 2:17). Não é triste essa situação? Não é de causar dó? Há qualquer esperança para eles fora do Filho de Deus? Claro que não! Nossa esperança é que o Senhor se erga em Sua compaixão para visitar os aflitos e abatidos de espírito.

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