quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (4)


                               
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À HUMILHAÇÃO.
        Cuidemos em nos humilhar perante o amor que nos constrange. Hoje tenho ouvido das perturbadoras palavras inventadas pelos falsos mestres da nova era: “Apaixonados por Cristo”. Não há dúvida que tudo isso vem desse “melado” de espiritualidade forjada por elementos, a fim de levar os incautos ao sentimento enganoso de que Deus está impressionado com tal “paixão”. Nem mesmo o Senhor declarou essa paixão pelo Seu povo. Ele simplesmente “amou a igreja”, e “amou com amor eterno”. Não há nada de paixão, nada desse fervor carnal.
        A igreja deve fugir dessa cilada sentimental, pois querem inventar um cristianismo diferente da vida cristã normal dos santos de Deus. Todos os verdadeiros crentes devem viver sob o poder do amor do Senhor; nós carregamos uma natureza carnal e sempre somos atraídos para as paixões e concupiscências da carne. Não fosse o amor do Senhor por nós, o que seria de nossas pobres almas? O amor de Cristo nos persegue, protege, cuida, guarda e guia; nosso Senhor, nem sequer por um segundo há de abandonar Seus santos, Suas ovelhas. Não inventamos um amor que assemelha ao amor do Senhor por nós. Somos constrangidos pelo amor de Cristo, mas nunca o Senhor será constrangido por um amor que simplesmente não temos.
        Qualquer coisa que revela espiritualidade forjada não passa de ser a carne tentando se mostrar; é o homem querendo afirmar que pode fazer mais do que Deus; querendo encobrir suas maldades com uma capa de um amor pintado e irreal. Nós amamos porque Ele nos amou; amamos sob a impulsão do amor verdadeiro. Mesmo os santos que mais demonstraram amor aqui na terra hão de por a boca no pó, porque sabem que a honra e a glória pertencem ao Senhor e que nossos feitos aqui Ele mesmo os fazem por nós e em nós. Quando amamos com o amor de Cristo, significa que temos andado apenas alguns km; que avançamos numa jornada que não tem final. Os santos querem ser batizados nesse amor de Cristo e quando brilham no amor, aqueles que são beneficiados verão Cristo e não eles.
        Foi esse amor que Paulo quis demonstrar a igreja em Corinto; aqueles homens sofriam os maus tratos no mundo, devido ao fato que pregavam o evangelho. Como acreditar que crentes se uniriam ao mundo para persegui-los? A igreja de Corinto pode perceber que o amor de Cristo por meio do apóstolo não era medíocre, não se envergonhava de tratar com o mal; não deixava de lidar com os erros; não era humanista nem buscava a simpatia dos homens. O amor de Cristo é resoluto, firme e decidido, custe o que custar e Paulo mostrava esse fervente amor.
        Diante dessas sublimes verdades, toda exortação nesta parte tem em vista nos levar a conhecer que é em humildade e obediência que os santos conhecem e começam a participar de um amor que nos constrange – o amor de Cristo. Fujamos das investidas de satanás, porque ele ousa imitar tudo o que é de Deus e nessa jornada dele, não vemos o amor de Cristo na vida daqueles que confessam ser crentes. Vemos uma crescente obra da carne, um fervor pelo mundo e grande apreciação por aquilo que Deus denomina de injustiça. Que o Senhor nos livre desse perigo que ameaça inundar a igreja em nossos dias!

Nenhum comentário: