“...Não há quem
busque a Deus” (Romanos 3:11
O QUE REALMENTE QUER
DIZER O TEXTO?
Caro leitor, o texto está declarando
exatamente aquilo que vemos em todo ensino que aparece em Romanos nos caps.
anteriores, onde Paulo descreve a condição da raça humana – judeus e gentios –
caída no pecado. Paulo não está falando dos salvos, mas sim dos homens no
estado de perdição, distantes de Deus e da Sua glória. Paulo está mostrando que
nessa condição eles jamais buscam nem querem buscar a Deus, porque a entrada do
pecado veio desgraçar suas vidas completamente. Então é preciso que
investiguemos esses fatos com calma e com precisão.
Os homens não buscam a Deus em Sua
glória e santidade. No pecado eles não toleram essas maravilhas que
revestem toda criação e todos os lugares por onde eles pisam, veem e tocam. Os
homens no pecado habitam em lugares que não lhes pertencem e não tem para onde
fugir (Salmo 139), por isso estão cercados desse toldo da glória de Deus. E a
presença da mensagem santa do evangelho vem acrescentar luz do céu à luz da
criação e é essa luz que os faz aterrorizados e fugitivos.
Também, eles não buscam Deus em Sua
justiça e amor. Os homens contemplam os favores naturais de Deus e utilizam
todos os rituais possíveis, a fim de arrancar de Deus mais favores que lhes
interessam. Mas eles não querem Deus como motivo de louvores e ações de graças;
não há em seus corações qualquer sinal de piedade, gratidão e respeito ao Deus
que Se revelou aos homens na Palavra e que proclama Sua poderosa e eterna
salvação. Deus se manifestou a fim de mostrar aos homens que Ele, somente Ele é
digno de louvor, de glórias e ações de graças da parte de homens que foram
feitos com capacidade para pensar, sentir e de tomar decisões corretas e
sábias.
Também, eles não buscam a Deus como
motivo supremo de nosso amor, devoção, lealdade e disposição para obedecê-Lo.
São inimigos em pleno território que pertence a Deus; são inimigos que ousam
desafiar o Senhor e usar todos os benefícios da Sua criação. A felicidade neste
viver e para sempre é a glória de Deus; é viver para Ele; é cultivar
pensamentos santos e afeições ao Seu respeito, porque tudo é Dele e para Ele; é
envolver com tudo aquilo que representa Seus atos de onipotente, oniciente e
onipresente Deus; é meditar nos pequenos e grandiosos detalhes da Sua criação e
dos motivos pelos quais Ele nos criou; é estar envolvido constantemente com Sua
majestade e poder em face de tanta demonstração desse poder na criação e em Seu
amor redentivo.
Oh! Quão triste é a condição dos homens
no pecado! Deixados à luz da sua própria sorte e poder, não há qualquer
possibilidade do homem buscar a Deus. Ele não passa de uma folha morta, caída.
Uma minhoca está numa situação muito mais favorável nesta vida do que o pobre
pecador longe de Deus e da Sua glória. Não há qualquer esperança nele, assim
como não há qualquer esperança em que um morto por si mesmo reviva e passe a
andar, falar, ouvir, etc. O que posso falar mais? Será que tenho palavras para
emoldurar esse quadro de horror? Mesmo que eu tivesse milhões de argumentos,
ainda assim tudo seria inútil, visto que tais argumentos seriam inúteis, minhas
lágrimas vãs, meu labor uma causa sem qualquer resultado de vida. Nosso Senhor olhou para Jerusalém e
contemplou sua total desgraça: “Jerusalém, Jerusalém!” Assim também
contemplamos o estado deste mundo vil, tão bem enfeitado de disfarces feitos
pela arte cruel do pai da mentira. Mas tudo não passa de artimanhas, de
grilhões que mantêm as almas aprisionadas sem que elas saibam disso. A esperança
está apenas Naquele que desceu do céu à terra para ser o Salvador!
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