quinta-feira, 15 de outubro de 2015

TODOS DEBAIXO DO PECADO III (4)




“...Não há quem busque a Deus” (Romanos 3:11
O QUE REALMENTE QUER DIZER O TEXTO?
        Caro leitor, o texto está declarando exatamente aquilo que vemos em todo ensino que aparece em Romanos nos caps. anteriores, onde Paulo descreve a condição da raça humana – judeus e gentios – caída no pecado. Paulo não está falando dos salvos, mas sim dos homens no estado de perdição, distantes de Deus e da Sua glória. Paulo está mostrando que nessa condição eles jamais buscam nem querem buscar a Deus, porque a entrada do pecado veio desgraçar suas vidas completamente. Então é preciso que investiguemos esses fatos com calma e com precisão.
        Os homens não buscam a Deus em Sua glória e santidade. No pecado eles não toleram essas maravilhas que revestem toda criação e todos os lugares por onde eles pisam, veem e tocam. Os homens no pecado habitam em lugares que não lhes pertencem e não tem para onde fugir (Salmo 139), por isso estão cercados desse toldo da glória de Deus. E a presença da mensagem santa do evangelho vem acrescentar luz do céu à luz da criação e é essa luz que os faz aterrorizados e fugitivos.
        Também, eles não buscam Deus em Sua justiça e amor. Os homens contemplam os favores naturais de Deus e utilizam todos os rituais possíveis, a fim de arrancar de Deus mais favores que lhes interessam. Mas eles não querem Deus como motivo de louvores e ações de graças; não há em seus corações qualquer sinal de piedade, gratidão e respeito ao Deus que Se revelou aos homens na Palavra e que proclama Sua poderosa e eterna salvação. Deus se manifestou a fim de mostrar aos homens que Ele, somente Ele é digno de louvor, de glórias e ações de graças da parte de homens que foram feitos com capacidade para pensar, sentir e de tomar decisões corretas e sábias.
        Também, eles não buscam a Deus como motivo supremo de nosso amor, devoção, lealdade e disposição para obedecê-Lo. São inimigos em pleno território que pertence a Deus; são inimigos que ousam desafiar o Senhor e usar todos os benefícios da Sua criação. A felicidade neste viver e para sempre é a glória de Deus; é viver para Ele; é cultivar pensamentos santos e afeições ao Seu respeito, porque tudo é Dele e para Ele; é envolver com tudo aquilo que representa Seus atos de onipotente, oniciente e onipresente Deus; é meditar nos pequenos e grandiosos detalhes da Sua criação e dos motivos pelos quais Ele nos criou; é estar envolvido constantemente com Sua majestade e poder em face de tanta demonstração desse poder na criação e em Seu amor redentivo.
        Oh! Quão triste é a condição dos homens no pecado! Deixados à luz da sua própria sorte e poder, não há qualquer possibilidade do homem buscar a Deus. Ele não passa de uma folha morta, caída. Uma minhoca está numa situação muito mais favorável nesta vida do que o pobre pecador longe de Deus e da Sua glória. Não há qualquer esperança nele, assim como não há qualquer esperança em que um morto por si mesmo reviva e passe a andar, falar, ouvir, etc. O que posso falar mais? Será que tenho palavras para emoldurar esse quadro de horror? Mesmo que eu tivesse milhões de argumentos, ainda assim tudo seria inútil, visto que tais argumentos seriam inúteis, minhas lágrimas vãs, meu labor uma causa sem qualquer resultado de vida.     Nosso Senhor olhou para Jerusalém e contemplou sua total desgraça: “Jerusalém, Jerusalém!” Assim também contemplamos o estado deste mundo vil, tão bem enfeitado de disfarces feitos pela arte cruel do pai da mentira. Mas tudo não passa de artimanhas, de grilhões que mantêm as almas aprisionadas sem que elas saibam disso. A esperança está apenas Naquele que desceu do céu à terra para ser o Salvador!

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