sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O DEUS QUE CRIA O MAL V (1)



                                     
                        “DERROTANDO O MAL COM O PRÓPRIO MAL”
“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas” (Isaías 45:7)
INTRODUÇÃO:              
        Querido leitor, sei que se você ama de coração a Palavra de Deus, certamente há querer conhecer as coisas profundas do Senhor. Creio que esta declaração: “O Deus que cria o mal” é muito profunda para que a ignoremos facilmente, porquanto é da vontade do Senhor que nós O conheçamos mais. E sei que à medida que O conhecermos, certamente O amaremos mais e mais dedicados e consagrados seremos Àquele que se manifestou ao Seu povo. Somente os salvos têm esse privilégio de entrar nesse recinto sagrado, nessa sala de aula da graça, a fim de conhecer um pouco mais as maravilhas Daquele que nos amou, nos achou e usou de compaixão conosco, quando realmente merecíamos o terrível e eterno castigo, devido a nossa culpa no pecado.
        Amigo leitor, o que seria se Deus não criasse o mal? Ora, nós estamos tão acostumados com uma ideia humanista de Deus, que o tema imediatamente cria uma atitude de rejeição. Mas o fato é que sem que conheçamos as atividades soberanas de Deus usando o próprio mal para Sua glória, eis que teremos uma concepção errônea de Deus. Não podemos esquecer que um conhecimento defeituoso fará com nosso viver seja também defeituoso. Considerando tal pergunta veremos como Deus usa o próprio mal contra o mal, e para isso quero que consideremos juntos o primeiro assunto: O REINO DE DEUS VERSO O REINO DAS TREVAS: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” (Colossenses1:13).
        Não quero considerar o texto de Colossenses no seu todo, mas sim apenas o fato que Deus tem Seu reino e os verdadeiros crentes foram transportados deste império mundano e postos no reino do Filho de Deus. Então, vemos que há dois reinos: o reino tirânico (império) deste mundo e o reino de Deus. Ora, vemos em toda Escritura o ensino que o reino de Deus é um reino de justiça. Pipper, em um dos seus livros diz o seguinte: “O alvo da pregação é a glória de Deus refletida na submissão prazerosa de sua criação. Existem, porém, dois obstáculos poderosos ao alcance deste objetivo: a justiça de Deus e o orgulho do homem. A justiça de Deus é seu zelo resoluto pela exaltação de sua glória. O orgulho do homem é seu zelo resoluto pela exaltação de sua glória”. A justiça do reino de Deus é vista na glória de Deus e no bem das Suas criaturas.
        Então, os crentes, sendo postos definitivamente no reino de Deus por meio da salvação, podem agora comparar essa diferença entre o sistema deste mundo e o reino de Deus. O mundo é uma organização feita tendo a injustiça como base, enquanto o reino de Deus é somente e tão somente justiça. Em todas as obras de Deus e Suas atividades no céu e na terra vemos Deus exibindo Seus atos de justiça e requerendo dos Seus servos a prática de justiça. A salvação de Deus brilha Sua perfeita justiça; a morte do Filho de Deus na cruz é uma conquista de justiça; a lei de Deus proclama justiça; o viver dos santos em santidade revela justiça e santidade é justiça na prática e todas as virtudes cristãs como o amor, a bondade, a mansidão e outros frutos do Espírito são derivados da justiça. Em linguagem ilustrativa, justiça é o terreno limpo para brotar dali as maravilhas da graça de Deus, e conforme vemos em Romanos 6:18, fomos salvos para servir a justiça.
        Tendo isso como base é que quero aqui mostrar como Deus cria o mal para destruir o próprio mal. Para isso o amigo é convidado a participar, tomando sua Bíblia e analisando tudo à luz da verdade que nos foi entregue. Que o Senhor seja glorificado nessa jornada.

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