quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A FAMÍLIA DO SENHOR (4)




“Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mateus 12:50).
CONHECENDO A VERDADEIRA FAMÍLIA DO SENHOR (versos 48-50).
        Amado leitor, entendamos bem o que nosso Senhor está querendo dizer no verso acima. Ele não está atacando ninguém, nem está recusando um contato natural com as pessoas. Ele está falando a verdade, porque Ele é a própria verdade e dos lábios do Senhor jamais pode sair qualquer mentira. Ele está apontando a sua verdadeira família e que fazem parte dessa comunhão espiritual aqueles cujos corações se deleitam em fazer a vontade do Seu Pai celeste.
        Então, desdobremo-nos no entendimento dessa verdade. Quando qualquer pessoa se converte a Cristo de todo coração, eis que imediatamente há um desligamento do relacionamento natural. Encaremos a vida da prostituta Raabe, conforme o relato visto em Josué 2. Note bem que quando ela recebeu os dois espias em sua casa, sua confissão de fé no Deus de Israel mostrou que ela não mais pensava como o povo dela pensava, que nada mais tinha de ligação com o povo de Jericó, porque seu Deus era o Deus de Israel, por isso seu povo agora era o povo de Israel. Veja bem que naquele momento ela tomou todos os passos certos que uma alma convertida toma, pois passou a guardar os espias e seguir exatamente a direção que deveria tomar em coragem e fé, a fim de escapar da destruição ela e toda sua casa.
        Caro leitor, Cristo veio marcar bem marcado essa divisão. Veja bem em sua Bíblia, no evangelho de Mateus cap. 10 versos 34-37. Ele afirma ali que não veio trazer paz a este mundo, mas sim espada. Incrível afirmação do Senhor. Como isso acontece? Não veio Ele para fortalecer a família? Não veio Ele para unir esse relacionamento fraterno, materno e paterno? Não! Acontece que o evangelho bíblico, em seus efeitos transformadores nos corações, imediatamente surge uma ruptura na família, conforme Ele mesmo afirma no verso 36: “E assim os inimigos do homem serão os seus familiares”.
        Caro leitor, meditemos bem nisso, porque houve isso na própria família onde nosso Senhor nasceu, pois seus irmãos de sangue não compreendiam o ministério do Senhor. O que acontece é que o evangelho transformador muda o coração natural para um coração espiritual, e mesmo num contexto tão importante e puro como é o contexto familiar, eis que de repente tudo muda. As melhores famílias que existem neste mundo, as mais unidas e harmoniosas na convivência, não passam de inimigas do Senhor, pois seguem o curso normal e natural deste sistema mundano. Então, quando uma pessoa se converte de coração a Cristo, ele muda de direção, seu caminho agora é diferente, suas ambições são outras e sua esperança está centralizada no céu. Por essa razão ela não será mais entendida pelos seus queridos e será até mesmo odiada.
        A história nos mostra inúmeras ilustrações, até mesmo na primeira família que existiu. Olha a forma como Caim tratou seu irmão. A conversão de Abel despertou o intenso ódio de um mundano e amante de si mesmo – Caim. Para o homem natural, como ele há de conviver com alguém cujo pensamento é diferente do dele? Como o orgulho natural pode conviver com a humildade cristã? Como as ambições por esta vida pode coexistir com aqueles cujos corações estão ligados à esperança da invisível glória eterna? Olhe a diferença entre Jacó e Esaú. Este amava e anelava as conquistas humanas. Esaú tinha um propósito na vida, que era o de instituir uma nação poderosa, enquanto Jacó era um homem chamado por Deus e guiado por Deus para os planos do Senhor neste mundo.
        Meu amigo, lembre-se que você não pertence à família do Senhor, se porventura não nasceu de novo, mediante a fé em Cristo Jesus.   

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