quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

O MILAGRE DO AVIVAMENTO (4)


                                               Ezequiel 37

A NECESSIDADE DO AVIVAMENTO (versos 1,2)

        A visão é exatamente como Deus vê: “Um vale”. Na linguagem do Velho Testamento, conforme os textos proféticos, o mundo é representado como sendo um vale. É importante saber como Deus vê este mundo. Se examinarmos bem o capítulo 48 de Jeremias, vemos que toda aquela passagem é Deus falando com o povo moabita e Deus dirige-se a eles como sendo habitantes do vale. Mas na visão de Ezequiel ele vai ao vale e presencia ossos secos. Ora, precisamos ver o mundo desse ponto de vista de Deus, não importa como o mundo é agora, cheio de novas descobertas e com incríveis vantagens da tecnologia que trouxe aos homens tanto conforto. Mas quando olhamos do ponto de vista de Deus percebemos que o mundo é o mesmo, um vale de ossos secos, sem qualquer sinal de vida. Infelizmente o povo crente não percebe essas coisas, conforme o ponto de vista de Deus.

        Não é necessário que tomemos a visão de Deus? Não é necessário que olhemos ao nosso derredor conforme Deus vê as coisas? Quando olhamos assim vemos que não há qualquer esperança neste mundo. O conhecimento da ciência, o avanço do secularismo e a individualidade dos homens, etc. tudo isso para Deus significa nada. Espiritualmente os homens são defuntos espirituais, não importa o que criam, inventam, constroem, etc.  e quando mais passam os dias, mas secos e sem esperança eles estão.

        Vamos trazer a realidade de Israel como ossos secos para nós hoje. A igreja de Deus é o povo vivo que anda no meio dos mortos. Eu sei o quanto a linguagem de Deus é tão difícil de ser entendida e posso afirmar que não estou nem inventando nem exagerando um assunto como este. Se olharmos no livro de João, no capítulo 5 veremos que nosso Senhor mostra ali a situação do mundo no pecado. Quão importante é o entendimento desse capítulo, à luz daquilo que vemos em Ezequiel 37. Nosso Senhor está mostrando aos judeus o quanto o sábado, aos olhos de Deus não tinha nada do valor que aquele dava. O guardar o sábado para os judeus não passava de uma concepção religiosa, banal e idólatra. Sem a verdade eles se tornaram cruéis, pois não se alegravam com o bem das pessoas. Mas então entra o ensino do Senhor, quando Ele diz no verso 18: “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também”. Ele estava dizendo a eles que a divindade não parou de trabalhar. A entrada do pecado anulou toda perfeição da criação, veio destruir, trazer um colapso naquilo que Deus fez de forma perfeita.

        Em seguida, nosso Senhor mostra a função Dele na terra, que Ele veio dar vida, porque o que o pecado fez na criação original foi trazer morte. Noutras palavras, o nosso Senhor está dizendo que os homens, não importa se são judeus ou de outra raça, todos tombaram no pecado, igual o cenário de soldados mortos aos milhares,  espalhados por todos os lugares, no documentário sobre a segunda guerra mundial. Ele afirma que veio dar vida, onde há somente ossos secos. Essa é a visão de Deus e nós, servos Dele devemos aprender a ver a vida desse ponto de vista. O que o profeta viu foi que eram numerosos os ossos secos. O que vemos hoje? Não é a mesma coisa? Olhemos em toda direção; tiremos nossos olhos daquela visão natural; veja os homens tombados no pecado, como ossos sequíssimos, sem qualquer esperança. Que valor têm esses ossos? Nenhum!

        Então segue a pergunta: “Poderão viver?”. Do ponto de vista humano não há esperança. Não há esperança em nada das providências dos homens aqui. Precisamos do Autor da Vida e Ele está conosco. Temos esse desafio e olhamos para o Senhor dizendo: “Senhor, tu o sabes”. Nós não temos resposta, pois não há poder em nós para dar vida aos mortos.


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