segunda-feira, 12 de março de 2018

QUATRO REQUISITOS PARA UM AVIVAMENTO (9)




“Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14 versão corrigida)
TERCEIRO REQUISITO: buscar a face: “...buscar a minha face...
        O terceiro requisito apresentado por Deus é um impressionante desafio que aparece na linguagem comum do Velho Testamento “...buscar a minha face...”. Com a graça de Deus hei de ajudar meus leitores na compreensão dessa incrível verdade. Como já havia falado anteriormente, os dois primeiros nos tirou da nossa zona de conforto, do nosso querido egoísmo. Este agora nos impulsiona subir as alturas da verdadeira oração. Creio eu que são poucos os crentes atuais que realmente oram. Posso assegurar que nós não conhecemos o que significa “buscar a minha face...”. O fato é que se quisermos vencer e conquistar grandes coisas no serviço de Deus, realmente precisamos nos exercitar, de forma prática no aplicar esse terceiro requisito.
        Creio que será de muito valor se tomarmos lições práticas de homens de Deus, os quais conheciam o Senhor, a ponto de buscar sua face naquilo que eles sabiam bem que poderiam achar. Jacó entendeu a grandeza do Deus de seus pais, por isso aquele encontro com Deus no Vau de Jaboque foi o momento crucial para ele. Ele estava sozinho; ele teria que enfrentar a face do seu irmão Esaú; sua família poderia ser massacrada pela fúria de um irmão que anos antes prometera mata-lo. O que Jacó faria? O que ele não sabia é que Deus preparou tudo para aquele encontro e foi ali que Jacó realmente pode “buscar a face” do Senhor, e realmente achou: “Não te deixarei se não me abençoares” (Gênesis 32:26).
        Outro exemplo de grandioso valor podemos extrair na vida de Abraão. Aquele homem de Deus recebeu três anjos em sua casa e um deles era o próprio Senhor. Abraão ficou sabendo que Sodoma e Gomorra seriam destruídas e Ló seu sobrinho morava lá com sua família. Quando dois dos anjos foram para Sodoma eis que o Senhor ficou com Abraão e ali o homem de fé pode encarar a face bondosa do Senhor numa oração de incrível intercessão. Abraão conhecia seu Deus, sabia que era um Deus justo e compassivo, por isso ele ali, com temor, reverência e humildade pode pedir indiretamente o livramento do seu sobrinho com sua família (Gênesis 18).
        Mas a verdade de “...buscar a minha face...” foi realmente compreendida por Moisés, naquela ocasião, quando Israel fez os dois bezerros de ouro e os constituiu com seus deuses e até mesmo confessaram unanimemente que foram eles que os tiraram do Egito. De fato foi um terrível pecado; foi uma manifestação de profunda ingratidão, de rebeldia e de afronta ao Senhor. De fato, o Senhor estava pronto para descer e aplicar sua ira, destruindo aquele povo. Mas foi ali que Moisés se tornou um tipo de Cristo, pois foi perante a face do seu Deus; compreendeu que aquele ser justo, santo e puro era o mesmo Deus de Abraão, o Deus de misericórdia. Por essa razão Moisés se atirou aos pés do Senhor, a fim de implorar sua compaixão. Moisés sabia como buscar a face do Senhor; soube como conquistar um coração de amor, não obstante a ira de Deus ardia contra um povo que merecia castigo.
        Trouxe para meus leitores essas ilustrações. Elas são suficientes para nosso propósito em explicar o texto. Salomão precisa saber que o Deus de Israel agiria sim, com justiça e juízo contra um povo rebelde. Aquele lindo e caríssimo templo em nada conquistaria o coração de Deus, porque sua habitação é nos céus. Salomão mesmo havia dito que os céus dos céus não podem conter a presença do Senhor. Tudo isso tinha como mira trazer o povo ao temor e até mesmo tremor. Como passar isso às nossas vidas hoje?

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