sábado, 28 de dezembro de 2013

ANTIGO CULTO DA PROSPERIDADE


Fez, também Jacó um voto dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o Senhor será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e de tudo quanto me concederes, certamente te darei o dízimo” (Gênesis 28:20-22).
         Caro leitor, essa famosa teologia da prosperidade é tão antiga quanto a raça humana, pois o coração mundano e materialista é o que é desde a queda. Vemos isso na experiência de Jacó. O cap. 38 não mostra um Jacó crente; ele ainda não é o Israel, mas sim aquele velho homem ligado a Adão, pronto para enganar e trapacear os outros buscando seus próprios interesses. Ali sozinho deitado e tendo uma pedra como travesseiro, sem dúvida deixou Jacó apavorado, pois jamais tinha saído de casa e sempre foi o preferido da mamãe Rebeca. Apesar de ter seus pais crentes; não obstante ter como pai Isaque, homem de Deus; mesmo sendo um dos eleitos de Deus e que Deus tinha planos preciosos e eternos para ele e para o mundo, mesmo assim Jacó era desconhecia o Deus de Abraão e de Isaque. Ele era um ímpio e  na visão natural era pior do que Esaú. Jacó realmente precisava da misericórdia de Deus para sua salvação e para seu viver, pois as amargas consequências de seus pecados iria experimentar doravante.
         Caro leitor, vamos examinar agora o Jacó caído; vamos conhecer como ele encararia o Deus de Israel, mesmo tendo aquele sonho incrível. Será que essa experiência não lhe ergueria como um crente? Será que após ouvir em sonhos tantas promessas, não seria levantado ali um novo Jacó? Claro que não! Ninguém pode ser salvo com sonhos; ninguém nasce de novo porque teve uma experiência marcante. Poderá se tornar um religioso com boas intenções; poderá ter um novo estilo de fé, mas nada passará de obra da carne. Após aquele sonho Jacó se levantou dali o “crente da prosperidade” e pronto para barganhar com Deus.
         O que significa essencialmente o culto da prosperidade? É só presenciar nas palavras de Jacó e você agora ouvirá que os homens estão sempre dispostos no coração a fazer seus pactos negociáveis com Deus. O culto da prosperidade segue o mesmo esquema e tudo está baseado no “se”. Conheçamos, pois os caminhos tomados pelo homem natural quando pensa que está cultuando a Deus:
         1.      Negociando a presença de Deus: “Se Deus for comigo...”. Veja que a presença do Senhor estava com Ele por causa da aliança feita com Abraão e com Isaque e Deus já havia na eternidade, planejado a salvação de Jacó. Mas, o velho homem não entende essas maravilhas da graça.  
         2.      Negociando o sustento material: “...e me der pão para comer e roupa que me vista...”. Note leitor, que Deus em Sua graça prometeu cuidar do Seu povo, independente de qualquer atitude de nossa parte.
         3.      Negociando sucesso físico: “...de sorte que eu volte em paz para a casa do meu pai...”. Essa promessa é feita para os eleitos: “Nunca te deixarei...” (Hebreus 13:5).
         4.      O pagamento. É feito de três maneiras: Primeiro, na escolha pessoal de aceitá-Lo como Deus: “...então, o Senhor será o meu Deus...”. Quanto engano da carne! Quão miserável é o homem ao pensar que pode ocupar o lugar de soberano e tornar Deus seu serviçal!
         Em segundo lugar a escolha de um lugar físico para adoração: “...e a pedra que erigi por coluna, será a casa de Deus...”. Se Jacó fosse entregue a si mesmo, ao retornar à casa do seu pai, certamente faria daquele lugar o centro de suas superstições religiosas.
         Em terceiro lugar o dinheiro: “...e de tudo quanto me concederes, certamente te darei o dízimo”. O sucesso financeiro é o resultado final do culto da prosperidade, como se Deus fosse comprado com dinheiro.

         Caro leitor, você tem sido iludido por esse sistema paganizado do coração? Arrependa do seu pecado e converta-se a Cristo. Ele é o mesmo Senhor que falou com Jacó naquela noite, e que agora pode usar de misericórdia, da mesma maneira que usou com Jacó vinte anos após aquela experiência. 

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