sexta-feira, 31 de maio de 2013

ESCAPANDO DO JUÍZO CERTO (12)




         Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor” (Atos 3:19).
         Caro leitor tenho procurado mostrar a importância do arrependimento, conforme o próprio texto. “Arrependimento” é a postura de um pecador no lugar certo, na postura de uma alma em contrição perante Deus. É impossível conhecer a tão grande salvação sem o genuíno arrependimento. Conhecer o Salvador bendito é um privilégio concedido não aos endurecidos; não aos que estão satisfeitos consigo mesmos; não aos arrogantes e exteriormente religiosos. O chamado aos pecadores vem de Deus e Ele vai num território certo à busca desses pecadores e o lugar onde eles estão é chamado lugar de arrependimento.
         Sendo um assunto de tamanha importância, creio que devo avançar um pouco mais na explicação do real significado de arrependimento. O homem arrependido ele vai entender, o quanto em sua vida de incredulidade aproveitou-se da paciência e da bondade de Deus. Os mundanos ignoram completamente o significado da graça; nada sabem a respeito de como Deus opera neste mundo, porquanto a divindade é concebida nos corações mundanos de uma maneira paganizada. Eles não sabem que Deus dá espaço aos ímpios e que estes estão no mundo apenas ajuntando ira para o dia da ira (Romanos 2:5). Deus opera neste mundo conforme o que Ele mesmo diz em Jeremias 9:24, onde afirma que Ele pratica misericórdia, justiça e juízo na terra. Ele é o Deus que é rico em misericórdia, mas que executa justiça e juízo.
         Observemos bem que a força abundante de Deus é a atuação de Sua misericórdia. A força Dele está em oferecer paz por meio do sangue remidor aos pecadores. Mas, os homens pesam em Deus como sendo um Deus de amor apenas; um tipo de um velhote, incapaz e que abraça a todos como filhos Dele. Eles acham que não há justiça nem juízo contra aquilo que praticam em suas abominações. Acreditam que estão livres para suas práticas malignas e que no final, todos serão recebidos por esse “paizinho” num suposto paraíso.
         A alma arrependida tem seus olhos abertos para enxergar de forma clara o quanto foi um insensato; o quanto foi loucura da sua parte desafiar o Altíssimo! Ele percebe que foi a misericórdia que segurou sua vida; que ele escapou de ter sido atirado no castigo eterno, porque os braços fortes da compaixão impediram que isso ocorresse; ele agora sabe o que significa gratidão ao Senhor e que realmente foi libertado da escravidão.
         Mais do que isso, o arrependido agora vê como foi um tolo em usar seu corpo como instrumento de paixões. No pecado os homens acham que são celebridades na arte de pecar e que são espertos nisso, são como leões famintos à busca de presas mais fáceis. Quando o homem se arrepende ele passa a ver o quanto prejudicou a si mesmo com seus pecados; o quanto ofendeu tanto seu próximo e acima de tudo praticou delitos contra Deus. Muitos salvos sabem que mesmo como crentes ainda carregam em seus corpos mortais os efeitos terríveis da voracidade com que praticaram determinados vícios.
         Ó quanto o arrependimento ocupa seus pensamentos e emoções de uma alma contrita! Por isso com que prazer o salvo deleita-se em santidade! Com que prazer esforça-se para agora oferecer seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 12:1)! Com que prazer enfrenta agora as provações e aceita os desafios de agradar o Senhor em toda maneira de viver. O homem salvo vê as dificuldades que têm por habitar nesse corpo de humilhação e de paixões, mas luta em oração e procura ser diligente em fazer habitar a Palavra de Deus em seu ser, a fim de honrar seu Senhor.
         O arrependimento põe o homem no caminho reto! O arrependimento marca o início de uma nova vida em Cristo, um novo homem gerado por Deus, um homem que foi libertado da escravidão e que agora caminha em plena liberdade pelo caminho do dever!

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