quarta-feira, 29 de maio de 2013

LIÇÃO UM: O QUE NÃO É ORAÇÃO



LIÇÃO BÍBLICA: JEREMIAS 17:1-10
Texto bíblico para memorização: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor” (Jeremias 17:7).
INTRODUÇÃO:
Nestes dias quando vemos uma verdadeira onda de indefinição teológica; quando tudo é aceitável, desde que tenha o nome de “Deus” e o nome de “Jesus”, é de se esperar que reine grande confusão, também, quanto ao assunto de oração. Quando não há mais ortodoxia teológica, não há alicerce firme onde podemos assentar nossa “casa espiritual”. Crentes sinceros estão sendo conduzidos na escuridão quanto a esse assunto; às pessoas não salvas estão sendo ensinadas que elas precisam orar mais a fim de resolver seus problemas. Não há dúvidas que Satanás está envolvido nessa situação a fim de manter os homens cegos quanto às verdades eternais, e nós não devemos ignorar os seus ardis.
FÉ DEFINIDA
A solução é uma volta de coração à Palavra Inspirada. O alicerce bíblico está definidamente pronto, precisamos somente construir e firmar nossa fé Santíssima naquilo que jamais nos deixará abalados, inclusive no que concerne à oração. O povo de Deus precisa ser bem definido quanto à fé cristã. Uma sondagem bíblica mostrar-nos-á, que muito do  que afirmam ser oração da fé, nada tem de aprovação da Palavra inspirada. Se não for de Deus, não deve ter nossa aprovação, nem nosso interesse de imitar. Uma boa maneira de chegarmos à uma definição positiva do que realmente é  oração, é também definindo o que não é oração:
1. NÃO É ALGO PARA DETERMINAR O QUE DEUS DEVE FAZER
Certamente não é mais novidade ouvir orações de pessoas que querem determinar com suas palavras o que Deus deve fazer. Baseia em textos isolados, como o verso onde Jesus diz: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco” (Marcos 11:24). Realmente o Senhor está falando do poder da fé, mas em Marcos, como em todos os quatro evangelhos, temos um preparo para a chegada da gloriosa fé que viria com a descida do Espírito Santo e com a pregação do Evangelho.
Com todos os verdadeiros crentes acontece, quando oram, exatamente o que é dito em 1 João 5:14: “E esta é a confiança que temos para com Ele; que se pedirmos alguma cousa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve”. Verdadeiros crentes têm plena confiança em seu Deus; verdadeiros crentes confiam na maneira sábia e perfeita, que Deus está regendo todas as cousas, tendo em vista o bem eterno, daqueles que foram alcançados pela Graça (Romanos 8:28).
ELE É REI, NÓS SOMOS SÚDITOS
Quando oramos, estamos lidando com o Glorioso Rei, que controla sabiamente todo o universo. O Senhor reina! Nós somos súditos e devemos nos conservar posicionados como servos nesse Grande Reino. Ele mostra Sua força para com aqueles cujo coração é totalmente Dele (2 Crônicas 16:9). Ele sabe e conhece nossas necessidades e já tem determinado os meios para suprir aquilo que necessitamos, mas é glorificado quando humildemente Lhe pedimos que venha suprir as nossas necessidades.
COM “OS PÉS NO CHÃO”
Que o Senhor venha nos livrar dessa ilusão espiritual. Devemos assentar nossa fé em firmes convicções bíblicas, e com mentes sóbrias, oremos com espírito de reverência, de piedade e submissão ao nosso Senhor. A falta de entendimento da verdade a respeito da Vontade Soberana de Deus tem causado um terrível prejuízo a muitos.
Quantas vezes ouvimos a respeito de oração feita pela cura de alguém, e que após a oração, para tranqüilizar a pessoa, é dito: “você está curado, em Nome de Jesus”, para mais tarde a pessoa descobrir que não houve cura nenhuma. Isso não somente leva a pessoa a uma situação de desespero, como também profana o Nome do Senhor, colocando o Seu Nome em vão. Não estamos no mundo para consertar os problemas ocasionados pelo pecado. Nossa função é espalhar a verdade santa do Evangelho para que as almas sejam salvas. 
2.       NÃO É UM MEIO ESTABELECIDO PARA APROXIMAR O HOMEM DE DEUS
O movimento ecumênico tem militado com suas armas das trevas, para infundir nas mentes de todos, que a oração é o caminho certo a Deus. Pessoas sinceras têm sido enganadas com essa ilusão do pai da mentira (João 8:44). Crentes mal informados quanto à Sã Doutrina têm sido empurrados nessa farsa, achando que assim podem ajudar as pessoas terem um encontro com Deus, se elas fizerem oração a Deus. É comum ver reuniões feitas por ímpios, quando eles dão às mãos e fazem suas preces “em Nome do Senhor”. Fazem orações em “nome de Jesus” em seus cultos de idolatria, em suas festas carnais, procurando assim obter o apoio de seus deuses em seus tortuosos caminhos.

CRISTO O CAMINHO PARA A SALVAÇÃO
Ninguém chegará a Deus via oração. A verdade imutável é: “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5). É fato que o pecador que achega-se a Cristo, para sua salvação, há de chegar com uma sincera oração de confissão (João 1:9), e que “...Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo” (Romanos 10:13), e que há oração na invocação, mas jamais devemos aceitar que  Deus aceitará qualquer pessoa perante a Sua face só porque alguém fez uma oração a Deus.
A perfeita lei de Deus cala toda boca e declara que o homem é culpado (Romanos 3:20); O pecador culpado somente será aceito mediante o Sangue Remidor de nosso Senhor, e assim escapar da justa ira (Romanos 5:9). Não há oração, por mais bela, mais longa, e mais emocionante que seja, que possa afetar e abalar o coração de Deus. Esse deus apontado pelo ecumenismo causa dó porque parece ser movido pelas emoções de seus fieis. O nosso Deus estabeleceu o Caminho pelo qual o pecador arrependido pode achegar A Ele com toda intrepidez, e é pelo sangue de Jesus (Hebreus 10:19). Tomemos a firme posição que é exposta no hino:

                                    É Jesus quem salva
                                    Ele a obra consumou,
                                    Meus pecados expiou
                                    Com Seu Sangue me lavou
                                    É Jesus quem salva
3.       NÃO É PARA MANIFESTAÇÕES FENOMENAIS POR PARTE DE DEUS
Nestes dias, quando as multidões estão à procura de milagres,  atraindo muitos falsários que utilizam das Escrituras para fazer delas um excelente meio de negócios, precisamos colocar “nossos pés no chão”. A Palavra de Deus exorta-nos a sermos sóbrios (1 Pedro 1:13). Deus não estabeleceu a oração como meio de fazer apresentações fenomenais.
Esse anseio por ver da parte de Deus, acontecimentos estupendos, faz parte da natureza rebelde e egoísta do ser humano. A multidão seguia a Jesus por causa dos milagres (João 6:30); os judeus sempre estavam atrás de sinais (1Coríntios 1:22); é observável que até Herodes esperava ver Jesus operando algum milagre em sua presença (Lucas 23:8).

A NATUREZA HUMANA VIVE À BUSCA DE FENÔMENOS
Foi assim também na história do Velho Testamento, quando Deus conduziu Israel pelo deserto. Os poderosos feitos de Deus no Egito não constrangeram aquela população beneficiada a ser grata pelo que o Senhor fizera. Pelo contrário, eles persistiram em tentar a Deus querendo grandes sinais. Não eram submissos, nem tementes ao Senhor,  não obstante os Grandes feitos de Deus contra os inimigos. Exigiam que Deus fizesse o que eles queriam. Já que não podiam voltar ao Egito, persistiram em pedir que Deus trouxesse os prazeres do Egito para o deserto. Eles “entregaram-se à cobiça, no deserto; e tentaram a Deus na solidão” (Salmo 106:14). Eles fizeram orações pedindo a Deus o que ambicionavam seus desejos carnais, e Deus “concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106:15).
A DESCENDÊNCIA DOS ISRAELITAS INCRÉDULOS
Em nossos dias, novas seitas estão surgindo no cenário religioso, tendo em vista enlaçar os corações seduzidos pela cobiça. Homens ímpios disfarçados de obreiros de Deus aproveitam da situação para extorquir os bens dos incautos. A tática desses homens é apresentar ao povo a idéia de que Deus está à disposição dos homens para realizar grandes obras.
                           OS MILAGRES DE DEUS À NOSSA VISTA
Tudo o que temos é proveniente da bondade de Deus, e é demonstração de milagres porquanto nada o homem pode fazer. A chuva, o sol, o ar, as plantas, as frutas, nosso corpo, saúde, alimentação, médicos, remédios, etc. Tudo isso deve ser encarado como milagre, pois quem é o homem capaz de providenciar o necessário à nossa sobrevivência? Em Romanos 1:20, Paulo ensina que o poder de Deus e a Sua divindade são percebidos por meio das coisas que foram criadas. Essas bênçãos existentes à disposição de todos devem ser motivos de gratidão e louvor a Deus.
OS MILAGRES DO VELHO TESTAMENTO
É verdade que o Senhor Deus sempre será o Todo Poderoso. A respeito do Criador dos céus e da terra é dito: “... Tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim” (Hebreus 1:12). Mas o Senhor não realizou seus milagres estupendos no Velho Testamento tendo em vista novas realizações desses acontecimentos. Ele abriu o mar Vermelho, fez o maná cair do céu para alimentar Seu povo, abriu o Jordão, etc., mas tinha em vista que aquilo ficasse registrado em Sua Palavra, a fim de que as gerações vindouras viessem a crer, adorá-Lo e servi-Lo em temor.
                                    O MAIOR MILAGRE
    Todos os salvos sabem que a sua salvação foi a prova maior do milagre de Deus. O que leva os homens a adorar a Deus? Será que grandes feitos milagrosos farão o povo cair em submissão ao Senhorio de Cristo? Jamais. Paulo curou um coxo na cidade de Listra, e o resultado foi que o povo todo queria adorá-lo como se ele fosse um deus (Atos 14:11).
Cristo enfrentou a multidão de judeus incrédulos e idólatras, para declarar que Ele veio  ao mundo  a fim de  realizar algo realmente incrível. Em João 5, à partir do verso 19 o Senhor mostra aos judeus que a maior tragédia do pecado foi trazer a morte, mas Ele recebeu autoridade do Pai para conceder vida. No verso 25 Ele afirma: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão”. Eis aí o maior de todos os milagres.

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