sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A DIFERENÇA ENTRE A FALSA E A GENUINA CONFISSÃO (10)




“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7:21)
         Caro leitor, o que realmente significa a verdadeira confissão? Como podemos fazer diferença entre a falsa e a genuína confissão? Se somos da verdade, certamente não ficaremos satisfeitos com aparências; buscaremos sim o conhecimento daquilo que é o puro ouro da graça. Estamos peregrinando nesse deserto mundano e vemos como satanás manipula as mentes com suas miragens religiosas, por isso os verdadeiros crentes não dizem “amém” para tudo; os verdadeiros santos de Deus examinam todas as coisas, a fim de reter o que é bom, assim como fazem aqueles que procuram ouro.
         Na tentativa de deixar bem claro sobre a verdadeira confissão, mostro que há uma confissão “Senhor, Senhor” a qual norteia o salvo onde ele estiver. Os santos de Deus tem seu refúgio e socorro “...bem presente na angústia” (Salmo 46:1), por essa razão Daniel pode achar mais descanso no meio dos leões, do que o rei Dario que passou a noite sem dormir, no palácio. Não vivemos da euforia do momento, nem das circunstâncias agradáveis; nosso culto é proveniente da fé e não das vertentes mundanas; nossa alegria tem sua base na consolidada obra da cruz e nosso navio tem sua âncora presa lá em cima, firmada nas promessas de um Deus que não pode mentir.
         Também há uma confissão “Senhor, Senhor”, a qual leva o justo da depender do Nome do Senhor em oração e petição secreta. Os crentes são os sacerdotes de Deus na terra; o templo deles é o coração, por isso oram sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17) e faz isso muitas vezes secretamente. A voz dos santos não silencia, porque quem fala é o homem interior, como Ana que em pleno desejo de glorificar seu Deus, falava aquilo que Eli não compreendia. Seu balbuciar era entendido pelo Senhor, por isso obteve resposta (1 Samuel 1). Ah! Não há quem possa prender, nem amordaçar esse santo serviço! Eis aquela irmã simples e aparentemente frágil, ora lavando roupas, ora lavando os pratos, etc., mas as atividades não desarticulam suas orações em favor dos filhos, do marido, da igreja, dos vizinhos e outros. Veja aquele simples e frágil crente, o qual no serviço está sendo empurrado para pecar contra Deus. Mas, seus inimigos não percebem que no íntimo ele está em contato com seu Senhor e buscando Nele recursos infinitos da graça. Não foi assim com José no Egito? Como um jovem poderia escapar das mandíbulas da sedução sexual? O Senhor estava com José e este encontrou refúgio e proteção contra uma mulher perversa (Gênesis 39).
         Muitas vezes os crentes ficam assustados, porque são visitados por inesperadas provações! Mas eles são fortalecidos naquele momento para conhecer o Senhor que está tão perto! As marcas da verdadeira confissão estão nos corações dos santos de Deus e eles sabem que o Pastor está perto e que Ele é o perfeito Guia até a morte. Não há quem possa apagar a verdadeira confissão, porque ela tem as asas da fé e sobe as alturas da confiança em Deus.
         Digo e afirmo que nosso Senhor tornou-se o perfeito modelo da confissão dos santos, pois Ele mesmo foi tentado e em todas as circunstâncias sobremaneiras difíceis Ele jamais falhou. Nosso Senhor chegou à mais profunda humilhação e até mesmo sentiu-se como um verme ao ser levado à cruz (Salmo 22). Esse perfeito Homem soube ser “Homem de dores, que sabe o que é padecer”, por isso jamais ignora as lutas e o sofrimento de Seus santos. Além disso, o Espírito de Deus habita no crente e faz desse santuário móvel Seu lugar de incrível trabalho sacerdotal, pois carrega nossa fraqueza e se coloca no lugar do crente para sentir as dores e as humilhações que os santos de Deus sentem em seus corpos mortais (Romanos 8:26).
         Caro leitor, você agora pode dizer que conhece por experiência a verdadeira confissão: “Senhor, Senhor” em seu viver?

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