sexta-feira, 8 de maio de 2020

A SINGELA CONFISSÃO DOS PECADORES (7)


            
“Todos nós bramamos como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, mas ele não aparece/ esperamos a salvação, mas ela está longe de nós. Porque as nossas transgressões se multiplicam diante de Ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Temos sido infiéis e mentimos contra o Senhor; nós nos afastamos do nosso Deus; pregamos a opressão e a rebeldia; proferimos palavras de falsidade que concebemos em nosso coração. Por isso o direito se retirou e a justiça se pôs de longe, porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar”. ISAÍAS 59:11-14
CONFESSANDO A MANEIRA CLARA COMO O PECADO DOMINA NO ÍNTIMO.
        Os eleitos, os que realmente são descobertos por Deus acerca da sua condição pecaminosa, somente eles realmente confessam que negam ao Senhor. Aqueles que, mesmo sendo religiosos logo descobrem que jamais foram salvos, logo percebem que estão mentindo contra o Senhor nos cânticos. Muitos cantam por cantar, porque gostam da música e têm aquelas que mais preferem. Com a ênfase dada aos chamados louvorzão ultimamente, percebe-se que até as mais belas canções cristãs e cheias da verdade bíblica foram abandonadas, a fim de dar lugar às músicas novas, sem qualquer sentido bíblico e abarrotadas de sentimentalismo. Isso significa que as canções podem ser apenas atividade carnal e costumeira. Sempre foi assim com o povo, até mesmo com Israel nos dias de Isaías, quando Deus chama a atenção, dizendo que não ouvia as suaves melodias que eram entoadas por eles.
        Ora, o cântico sem adoração a Deus conforme a verdade revelada e no poder do Espírito, não passa de ser movimento de lábios mentirosos. Acontece também nas orações, porque os ímpios oram, e nosso Senhor diz em Mateus para não orar como fazem os pagãos. Veja bem, o quanto alguém dentro de uma igreja, com o nome de crente, participando dos cultos e até mesmo orando publicamente pode não passar de um ímpio. Na confissão, em sincero arrependimento e desejo por conhecer a verdade no íntimo a pessoa há de admitir que não passa de mentirosa. Oração sem um coração convertido é uma atividade vã e sem vida. Além disso, uma alma arrependida confessa sua frieza, indiferença no tocante a Deus. Ela sabe bem o quanto não tem qualquer prazer pela igreja, pelos cultos, por santidade e tem dado preferência aos programas deste mundo. No fundo a pessoa sabe bem que vive lutando para que os cultos da igreja não funcionem mais, porque não gosta. Já lidei com pessoas assim, porque assinam pelo fechamento da igreja.
        A alma arrependida confessa que há uma apostasia sigilosa no íntimo: “...e nos desviamos de seguir após o nosso Deus”. Triste situação que é tão vista em nossos dias. Seguir a Cristo é o sinal claro de uma alma convertida. O que vemos hoje são homens e mulheres decididos a tomar a frente de Deus e não seguir após Ele. O comando da carne e do mundo com seu programa pervertido tomou posse de muitos dentro da igreja. Não há desejos pelo senhorio de Cristo no viver; não há desejo de viver de forma sacrificial por ele e é grande a indiferença por coisas eternas. Num avivamento tudo isso é posto para fora em santa confissão. A alma confessa vai dizer ao Senhor que está vivendo dessa forma e que não deseja mais viver assim; vai mostrar que é fraco e que essa disposição de descer é constante e que não tem como mudar. É assim quando Deus começa a despertar as almas; quando Ele entra em ação para chamar pecadores da morte para a vida; quando a verdade brota nos lábios de corações sinceros. Não é verdade que aguardamos dias assim? Não é verdade que esperamos dias melhores, dias quando o Senhor realizará maravilhas em nosso meio, quando homens e mulheres mostrarão conversão genuína pelo modo de vida de autênticos piedosos.

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