terça-feira, 5 de maio de 2020

A SINGELA CONFISSÃO DOS PECADORES (4)


           
“Todos nós bramamos como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, mas ele não aparece/ esperamos a salvação, mas ela está longe de nós. Porque as nossas transgressões se multiplicam diante de Ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Temos sido infiéis e mentimos contra o Senhor; nós nos afastamos do nosso Deus; pregamos a opressão e a rebeldia; proferimos palavras de falsidade que concebemos em nosso coração. Por isso o direito se retirou e a justiça se pôs de longe, porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar”. ISAÍAS 59:11-14
CONFESSANDO A MANEIRA CLARA COMO O PECADO DOMINA NO ÍNTIMO.
        O texto de Isaías mostra a dramática experiência vivida pelos eleitos em sua confissão íntima, quando enxergam seus pecados no íntimo. Homens e mulheres quando são despertados por Deus logo percebem o quanto o pecado aparece em sua forma hedionda, vil, enganadora e perversa. O pecado é em essência injustiça e necessita ser julgado. Os eleitos querem saber como tratar com o mal de uma forma correta, por isso eles confessam: “...esperamos o juízo, mas ele não aparece. Sob o poder e escravidão não temos nenhuma arma capaz de lidar com o pecado para puni-lo; somos escravos dominados e eles exercem esse domínio no homem durante toda vida.
        É quando Deus nos abre os olhos que vemos o quanto o pecado nos impulsiona às más obras, que exige que nossos membros sejam santificados para as obras de injustiça e para promover a maldade contra outros. Foi essa verdade que nosso Senhor transmitiu aos judeus, naquele magnifico capítulo 8 de João. Ele afirma que aqueles elementos arrogantes e aparentemente espirituais não passavam de escravos do pecado (João 8:34). Paulo experimentou isso e usou sua experiência para expor o capítulo 7 de Romanos. Nota-se que Paulo já era um crente que agora percebia a realidade do poder do pecado em seu corpo mortal. Os eleitos confessam isso e com os olhos da alma abertos eles percebem esses inimigos agora como algozes, como criminosos rindo da miséria deles e aguardando que sejam empurrados para o abismo e sofrimento eterno: “...testificam contra nós”. Eis aí a triste realidade do pecado no viver dos homens e são milhões que nada veem dessa tão triste condição na qual o pecado lhes deixou.
        Os eleitos também veem o pecado como elementos que policiam suas vidas constantemente: “...estão conosco”. Um prisioneiro de guerra contou que foi mantido numa cela onde o único acesso de luz era um buraco na porta, onde um olho permanecia fixado nele dia e noite. Não é assim o pecado quando visto como pecado? Os homens pensam que suas maldades lhes abandonam e o que ficou para trás é como leite derramado. Mas quanto engano! Os eleitos, pela maravilhosa atuação da graça começam a revirar-se em seus túmulos; começam a ver que realmente não tem qualquer saída para eles e que os poderes do mal tomaram seus olhos, ouvidos, mãos, boca, pés, etc. que não são livres e que não podem subir para o céu. Por isso eles clamam contando a situação deles.
        Também, a experiência é dramática e amarga: “Conhecemos as nossas iniquidades”. Que confissão impressionante, porque não é algo comum no meio dos homens. Antes eles diziam que o pecado não era inimigo; que eles tinham direito do que faziam; que não eram transgressores e que podiam viver do jeito que bem queria, porque simplesmente se sentiam felizes. Mas agora eles veem seus pecados sem máscaras. Aquela face de amizade e de conselheiros desaparece e eles veem quem são os elementos que lhes colocaram como réus e dignos do inferno.

Nenhum comentário: