sexta-feira, 8 de maio de 2020

A PAZ QUE É PERMANENTE (6)



“ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27)
A PAZ QUE O SENHOR OFERECE AOS PECADORES: “A minha paz...”
        Quero agora destacar o significado dessa paz que Cristo dá aos perdidos que chegam a Ele de todo coração. Ele dá essa paz aos que chegam a Ele em busca da salvação eterna; aos crentes que estão experimentando lutas e aflições e aos crentes que estão agora pelo vale da dor, chegando ao final de suas vidas terrenas. Precisamos conhecer essa paz que emana somente Dele e também porque Ele mesmo dar Seus santos ensinos em Sua palavra.
        Essa paz é experimentada pelos pecadores que buscam o perdão eterno Dele. Quão terrível é para o homem quando sabe que viveu e vive com terrível e impagável dívida contra Deus. Milhões nem sequer sentem o toque dessas culpas em suas consciências, mas quando são despertados eles se desesperam e correm para o Senhor, assim como fez Davi quando descoberto em seu terrível pecado de adultério e assassinato (Salmo 51). Oh! Como o Senhor tem consigo esse bendito perdão! E Ele concede de forma completamente diferente, da maneira como os homens perdoam seus semelhantes. Nós perdoamos alguém que nos ofende, mas sendo imperfeitos, não raro jogamos na face do outro o que ela nos fez. Mas não é assim com o Senhor, porque Ele perdoa e realmente esquece. Em Miquéias é ilustrada a maneira como Ele faz para esquecer nossa culpa, porque Ele toma nossos pecados e os atira nas profundezas do mar.
        Também nosso Senhor em Seu perdão Ele trata da totalidade dos nossos pecados. Já ouvi muitos crentes orando pedindo perdão dos seus pecados e posso entender a sinceridade deles. Mas o fato é que na salvação o Senhor trata com a soma total das nossas iniquidades, perdoando todas, na excelência da Sua perfeita graça, de tal maneira que o crentes sente-se na liberdade de sobrevoar a vida cristã. É claro que não significa que foi dada a liberdade de viver na prática do pecado. O crente que ofende a Deus sabe da necessidade de chegar-se ao Seu Pai celestial em santa confissão, a fim de poder andar. Confissão é a demonstração de que depende de Deus no viver diário, caso isso não ocorra Deus pode trazer sérios açoites, como forma de disciplinar Seu filho (Hebreus 12).
        Também a paz que deriva-se do perfeito perdão vem nos livrar dos momentos cruéis, quando somos tentados a desistir e entrar em depressão, assim como ocorreu com Elias na caverna e com Josué com a derrota contra o simples povo de Ai (Josué 7). Mas a resposta vem, quando a fé entra em ação e impulsiona o crente a agir, voltando seus pensamentos e emoções para seu Deus: “Bendize, ó minha alma ao Senhor...é Ele quem perdoa todas as tuas iniquidades...” (Salmo 103:1-3). Será que entendemos isso? Na lei diz: “É Ele quem perdoa”. Na graça diz: “É Ele quem perdoou”. Veja como o crente adquire paz e não necessita que ele vá à busca dos meios mundanos, a fim de adquirir vitória no viver diário.
        Notemos bem essas lições que emanam da promessa do Senhor: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou...”. Naquilo que o salvo recebeu do Senhor, por meio da Sua poderosa e eternal conquista na cruz, eis que temos a abundância da paz. É lógico que enfrentaremos as lutas contra as contínuas atividades da carne, do mundo e do diabo, mas nossos inimigos só nos impulsionam às maiores conquistas. Fomos chamados a conquistar as maiores riquezas da paz em meio aos conflitos, na luta por santidade na caminhada rumo ao céu. Deixo com meus leitores a letra de um antigo hino do nosso hinário batista: “Triste procuro refúgio ao Teu lado, volta-me a paz e o descanso me vem. Quando na terra me achar desprezado, glória terei noutra pátria de além”.

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