quarta-feira, 5 de julho de 2017

O AUTOR DA NOSSA FÉ (6)




“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).
ELE É O AUTOR DA NOSSA FÉ PELA PERFEITA OBRA AGRADÁVEL AO PAI.
        Nosso Senhor é o Autor da nossa fé, e provou isso como Homem perfeito, em nada falhando como o Servo submisso ao Pai. A maravilhosa história da cruz prova isso, porque em tudo se cumpriram as Escrituras a seu respeito. O Homem perfeito, conforme o Salmo 22, se fez verme: “Mas eu sou verme, e não homem...” (verso 6), a fim de que os verdadeiros vermes pudessem ser transformados em homens. Aquele que jamais experimentou pecado, ali na cruz foi feito pecado por nós, a fim de que pecadores culpados fossem justificados e aceitos por Deus.
        Essas verdades são tão profundas que minhas palavras aparecem em linguagem extremamente débeis. Quem sou eu para explicar o eterno amor do meu Senhor? Como eu, tão limitado posso expor a perfeita fé que habitou no perfeito Homem? Sei que qualquer explicação verdadeira só pode ser produzida pela graça, a fim de que nós seres humanos venhamos a entender e assim exaltar nosso Senhor. Nosso Senhor como Homem se apresentou em plena dependência de Deus, e isso é fé. Notemos bem que para ser tentado no deserto, ele simplesmente foi submisso e cheio do Espírito. Naqueles quarenta dias o segundo Adão não desfrutou de um Éden, como o primeiro Adão. Como Homem que habitava num corpo mortal pode experimentar o que significa fome e sede; olhando para todas as direções nada via que pudesse saciar seu corpo. Foi nesse estado de completa dependência apenas da palavra de Deus que ele foi cercado pelo terrível tentador, mas não se sucumbiu às manobras maliciosas e sutis do pai da mentira.
        Nosso Senhor pela fé não somente enfrentou a oposição infernal deste mundo, dos demônios e dos anseios do seu corpo, mas também enfrentou a solidão e o desprezo do Pai. À medida que foi chegando à cruz o perfeito Homem foi se assemelhando ao pecado: “...ele o fez pecado por nós...”. Foi esse o momento mais atroz para o Filho de Deus bendito, porque se fez maldição em lugar de malditos. Como mirar a essência da maldição? Como escapar da fúria tormentosa da justa ira de Deus? Pois foi nessa condição que nosso Senhor se viu desamparado, para ali sozinho enfrentar o que significa ser moído e esmagado pelo próprio Deus. Deus fez com que Abraão poupasse Isaque, mas quanto ao seu Filho, eis que o Pai não o poupou, por amor dos seus escolhidos.
        Também, aquele que veio cumprir a lei de forma perfeita, assim o fez. Nunca houve um homem que pudesse obedecer a lei em sua perfeição e totalidade; a raça inteira falhou em Adão, por isso todo e qualquer homem não pode ser menos do que maldito, segundo os rigores da perfeita lei. Nosso Senhor mostrou em Mateus 5 as santas dimensões da lei, mas todo seu viver e seu morrer provou as maravilhas da santa e justa lei num viver perfeito do Filho de Deus. Por essa razão nosso Senhor abriu caminho ao céu, e que caminho! Na lei só há dor, medo, terror, mas nesse caminho traçado pelo Senhor eis que há alegria, felicidade, santidade, amor, liberdade, etc. É o caminho para o céu, conforme o antigo hino: “Foi Jesus que abriu o caminho pro céu”.
        Podemos nós entender a verdade dessa fé perfeita? Como podemos nós crer, sem que o Senhor implante em nosso ser sua fé? Como podemos andar triunfante sem a presença dessa confiança inaudita do Senhor em nosso peito? Aliás, nossa fé é a própria presença dele enchendo nossa vida de coragem e graça. Ele mesmo declara: “...sem mim nada podeis fazer” (João 15).

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