terça-feira, 4 de julho de 2017

O AUTOR DA NOSSA FÉ (5)




“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).
ELE É O AUTOR DA NOSSA FÉ PELA PERFEITA OBRA AGRADÁVEL AO PAI.
        A segunda lição vem nos mostrar que nosso Senhor é o Autor da nossa fé, porque sua obra em tudo agradou ao Pai. A bíblia mostra a humilhação do nosso Senhor de uma forma impressionante e inimaginável, porque ele se aprofundou no conhecimento experimental da miséria humana. Ele foi exposto para ficar perante um mundo culpado, como se ele fosse o mais terrível e tremendo culpado que já existiu. Noutras palavras, eis que o inocente Senhor foi colocado no banco dos réus, a fim de ser julgado e condenado pelos perversos e culpados filhos de Adão. Que santa confiança!
        No Salmo 22 vemos como o nosso Senhor em suas palavras aparece, como se ele mesmo fosse um pecador culpado; vemos como ele se manifesta, não confessando sua inocência, mas sim como alguém que olha para os pecadores, a fim de declarar que ocupava o lugar deles ali. Os vermes estavam do lado de fora, gritando, xingando, blasfemando: : “Confiou no Senhor; que ele o livre; que ele o salve, pois que nele tem prazer” (Salmo 22:8), mas o puro Cordeiro de Deus estava pendurado na cruz em meio às mais cruciantes dores, no meio do alastrante fogo da ira de Deus. A sua coragem mobilizada pelo amor e sua fé mobilizada pela humanização fez com que ele ficasse sozinho. Não foi reconhecido por ninguém, nem mesmo pelo seu povo eleito. A fé movida pelo amor fez com que nosso Senhor fizesse uma confissão estonteante, porquanto o Homem perfeito se colocou no lugar dos vermes: “Mas eu sou verme, e não homem...” (verso 6).
        Como nós podemos entender isso? O fato é que o Autor de nossa fé foi até à mais humilhante confissão, ao poço mais profundo da condição do homem no pecado. Noutras palavras, ele recebeu sobre si o tsunami da depravação total, a fim de ser batizado na miséria. Jeremias foi jogado na cisterna de lama, mas Cristo foi atirado ao poço da mais completa sujeira que causa a mais repugnante náusea a Deus. Ele fez tudo isso porque pode confiar em Deus, lançando-se aos fortes braços da vontade soberana. Quando homens se arrogam de sua fé é porque desconhece a verdade da tão grande salvação na alma. Quando pecadores são humilhados e chegam ao reconhecimento da sua miséria, é porque podem ver que nada têm para dar a Deus. Assim Cristo é visto ocupando nosso lugar; ele foi desprezado, para que pecadores perversos fossem aceitos. A fé natural vacila como Pedro vacilou, mas a fé que vem do Senhor aos corações confessa que Cristo é seu Salvador e Senhor.
        O que nós temos para oferecer a Deus? Nada! Se o pobre pecador não se humilhar, sem dúvida estará partindo para a miséria confiando em si mesmo. O Autor da nossa fé conquistou para nós a fé que agrada a Deus. Pecadores que realmente creem são frutos da conquista de Cristo. A fé que vem de Jesus ocupou o coração de Paulo, de tal maneira que ele se ocultou totalmente no Filho de Deus: “...logo já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim, e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2:20). A fé natural quebra como um frágil fio, mas a fé que vem do Senhor é mais forte do que qualquer cabo de aço. Quando Deus opera no homem não há que possa impedir sua perfeita obra no coração: “...aquele que começou boa obra em vós há de completa-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1:6)
        Oh! Que pecadores corram para buscar refúgio naquele que é o refúgio da alma aflita! Que homens e mulheres se humilhem perante Deus! Que almas desesperadas diante da realidade da perdição, possam confessar sua miséria e clamar a maravilhosa e perfeita salvação, a qual foi conquistada pelo filho de Deus ali na cruz!







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