terça-feira, 28 de junho de 2016

QUANDO SOU FRACO, ENTÃO SOU FORTE (6)




“...quando sou fraco, então é que sou forte”    2 Coríntios 12:10
QUANDO A FRAQUEZA É ENCOBERTA E   APARECE MAJESTOSA FORÇA, NESTE CASO SOU FRACO QUANDO PENSO QUE SOU FORTE.
        Amado leitor, consideremos um pouco mais essa força que parece ser proveniente da graça, mas trata-se do engano do coração. A razão é que essa força aparece sob o dinamismo da carne e é muito contagiante além de influente. Nota-se que tal força tem sua própria estrutura, não na verdade, mas tem como base a natureza, a capacidade intelectual ou mesmo as habilidades naturais. Quando Pedro afirmou que iria até à morte por Cristo, eis que ele mostrou tal força confiando em si mesmo, em sua capacidade como homem para enfrentar o homem. Ali estava um pobre homem imaginando que a obra de Deus podia ser realizada com base em guerras. Pedro desconhecia o fato que o caminho pelo qual seu Senhor havia tomado, somente o Filho de Deus podia atravessar; Pedro desconhecia o quanto a carne é zero para enfrentar o poder da morte, do diabo, dos demônios, do mundo e até da ira de Deus.
        Muitos pensam assim e agem assim no serviço do Senhor, mas logo percebem que no serviço santo a força do homem, com suas habilidades, seus recursos materiais e outras dinâmicas provenientes do homem não têm valor para Deus. Foi pela graça que Deus ensinou Paulo a ter prazer naquilo que nós detestamos por natureza. O rei Uzias era um rei incrivelmente capacitado e com muitos recursos para ser bem sucedido em todos os aspectos em Jerusalém. Mas qual foi seu real problema? O fundamento de tudo era ele mesmo e por isso reconheceu ser ele auto-suficiente; seu orgulho próprio lhe atirou na miséria, por Deus mesmo o feriu, atirando-o na miséria de uma enfermidade mortal (2 Crônicas 26).
        Amado leitor, quanto precisamos ser alertados! Quantos homens correm para o ministério sem o chamado do alto, porque confiam em sua capacidade, quando nunca, jamais conheceram sua miséria pessoal. Já vi muitos correrem adiante de Deus, fazendo propósito de santidade, de servir, de obedecer, etc. Mas logo percebem o quanto a carne suplanta toda essa disposição. A carne parece ser poderosa no momento, mas logo mostra ser um saco vazio que não para em pé. Se quiser servir aos homens, para tal feito a carne serve sim. Se quiser mostrar suas habilidades, seu fervor e zelo, para tal feito a carne serve. Mas não para Deus, pois a graça só pode operar quando a carne mostrar ser enferma, vazia, inútil e o ego lançado fora.
        Amado leitor, o combustível da carne é a soberba oculta no coração. A força da fé genuína opera na suficiente obra de Cristo. No altar da consagração eis que a carne é queimada, o ego é destruído e tudo passa a ser derivado da graça, porque a glória pertence a Deus, e não ao homem. Nosso Senhor não precisa das atuações da carne; nosso Senhor não é exaltado na precipitação de uma fé que não veio Dele mesmo. Os homens podem até tentar avançar; podem até mesmo subir às alturas do sucesso que parece ser de Deus. Mas as obras da carne mostrarão lá adiante que satanás vem solidificar e autenticar tais feitos.
        Ó caro leitor, que aprendamos o real significado da humilhação. Vivemos em dias quando prevalece a soberba religiosa e ela aparece bem travestida de espiritual. Mas não é obra da graça, é a carne se erguendo com seu veneno de víbora; é satanás enchendo os homens dessa disposição de vanglória. Mas não esqueçamos que tudo na vida cristã começa e prossegue pela graça e essa graça opera somente na fraqueza. Quando os homens se arrependem de todo coração e se convertem a Cristo, eis que é aí que tudo começa e prossegue até ao fim.

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