terça-feira, 28 de junho de 2016

A FRAGILIDADE NATURAL DOS HOMENS (5)




“Mas todos nós somos como o imundo e todas as nossas justiças como trapo da imundície; todos nós murchamos como a folha e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6)
AVALIANDO A COMPARAÇÃO FEITA: murchamos como a folha...”
        Amado leitor, eu estou convicto de que esse texto de Isaías vem desmanchar nosso orgulho próprio; vem exibir a nossa desgraça e apagar toda essa disposição carnal de querer vangloriar-se. Que valor tem uma folha seca? Lembremos que tornamo-nos assim quando ocorreu a queda ali no Éden. Perdemos a vida, tornamos aos olhos de Deus defuntos espirituais. Deus mesmo afirma que para nada servimos; que como folhas estamos desprovidos do verdor da vida, e que por isso jamais poderemos dar fruto. Não é triste isso? Não é o momento para que caiamos humilhados, prostrados aos pés do grande Senhor? Não é verdade que o homem no seu estado natural só serve para ser varrido e ajuntado para ser lançado no fogo, como acontece com palha seca?
        Então, prossigo para mostrar também que a folha seca é levada pelo vento: “Os ímpios...são como a palha que o vento dispersa” (Salmo 1:4). Que humildemente à luz da verdade revelada possamos considerar essas lições. Veja o homem sem salvação, que peso ele tem? Há nela a força da verdade? Não! Por essa razão é levado pela força do vento, pois crê sempre em seus ídolos vãos, inúteis e detestados por Deus. Veja que tais palhas são empurradas pelo forte vento das trevas, por isso pode ser visto em seus pecados, vencido pelos vícios, dominado pela maldade e sem qualquer poder contra o mal. Eles são considerados assim, mais leves que uma pena, por esse fato não tem poder para correr para Deus. Já vi quando os homens no pecado prometem safar-se do mal onde estão presos, mas não conseguem. São palhas levadas pela força do vento      do mal que controla este mundo.
        Quão poderoso é o engano do pecado no coração! Mesmo vendo tudo o que está acontecendo ao seu derredor, os homens não consideram sua miséria e a força dessa declaração de Deus. Eles não veem como são arrastados para seus vícios; como são escravos de suas paixões e se entregam voluntariamente para tais prazeres; como servem voluntariamente o pecado neste mundo.  Também, eles não veem como a inutilidade aparece com suas enfermidades; que enquanto têm saúde e amigos, tudo parece estar indo bem, mas logo são desamparados e entregues à sua própria desgraça. Nem mesmo a morte encoraja os homens ao reconhecimento de sua condição vil neste mundo, porquanto assim que alguém é sepultado, eis que as agitadas águas da paixão voltam a circular em seu ser e eles continuam prontos e aptos para prosseguir. Meu amigo, veja bem o quanto somos inúteis! Para que servimos nós neste mundo? Para viver apenas curtindo os prazeres momentâneos e depois ser atingido pela morte? Há razão e bom senso nisso? Claro que não! Nosso Senhor mostrou quão loucos e estúpidos são os homens no pecado: “Que adianta o homem ganhar o mundo e perder a alma?”.
        Mas, agora é o momento adequado, para que mediante a ação da misericórdia de Deus homens e mulheres caiam em si, reconhecendo diante de Deus que nada são. Amigo que ver a obra da nova criação? Quer ver o milagre de Deus acontecendo? Pois é, isso ocorre quando homens caem perante a majestade gloriosa; quando homens e mulheres reconhecem sua miséria diante de Deus. Nossa festa começa quando sentimos nossa ruína; quando Deus entra no terreno do arrependimento e lá encontra homens caídos, chorando seus pecados, prontos para a confissão. O Salvador está perto, realmente próximo de homens e mulheres nessa condição.
       

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