sexta-feira, 17 de junho de 2016

DESEJO POR UMA VIDA PIEDOSA (9 de 9)




“Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51:14-17).
PROCLAMA OS LOUVORES DE DEUS.
        Amado leitor, hoje devo encerrar meus comentários acerca do tema visto no Salmo 51, quando Davi chega perante Deus, cheio de desejos santos para viver uma vida piedosa aqui. Estou frisando o fato que não há possibilidade de ninguém viver por Deus e para Deus neste mundo, sem que antes conheça a justiça perfeita de Deus e que tenha sido revestido dessa justiça. A vida começa assim e essa poderosa justiça de Deus em Cristo é que alavanca um viver piedoso, conforme Paulo salienta em Romanos 6:18: “E tendo sido libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça”. Fora desses princípios da tão grande salvação, certamente tudo será da aparência e manipulação da carne. Davi tentou viver a vida normal dele encobrindo sua terrível culpa, mas foi inútil porque logo essa tenda do mal foi desarmada e ele foi descoberto de forma dramática.
        Já pude mostrar de forma negativa que Deus não tem prazer em sacrifícios dos homens, mas sim em que eles obedeçam a Sua Palavra. E pude mostrar também o fato que a natureza pecaminosa tem uma disposição poderosa e fanática para sacrifícios religiosos, e são capazes de pintar tudo com o nome de Deus, crendo que tem o favor de Deus. O leitor atento da Palavra pode lembrar como Israel quando se afastava de Deus sempre se enveredava pelo perigoso e letal caminho. Mas não quero pisar um assunto que tenho tratado cor ardor em meus comentários.
        Voltemos ao texto e miremos bem o que diz Davi em sua confissão cheia de temor: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado...”. Ora, tais palavras são dignas de nossa preciosa atenção e consideração. Ali estava Davi amargurado, arrependido e cheio de sincera confissão, declarando que se Deus estivesse interessado em sacrifícios, ele os oferecia; seria um caminho fácil e mais confortável. Mas, aquele homem está perante o Santo de Israel, o Deus dos deuses e Senhor dos senhores. Ali estava Davi confessando sua experiência própria; ali estava um homem quebrantado, entendendo que um “espírito quebrantado” é a soma de todo sacrifício agradável a Deus. A conclusão foi que Deus não despreza alguém que se achega a Ele assim. Ali estava perante a face compassiva de Deus, um homem que foi ao pó, pronto para enfrentar o que viesse, desde que gozasse da presença santa e pura de seu Senhor.
        Meu caro leitor, tomemos para nós essa verdade; conheçamos que o Deus de Davi é o mesmo imutável Senhor que opera hoje. Qual é o homem que Deus aceita em Sua presença? Não é aquele que mais faz sacrifícios; não é aquele que mais ora bonito e que mais parece espiritual aos olhos dos homens. Sigamos à risca os ensinos santos, pois Deus tem prazer em corações humilhados e quebrantados. Quando o homem cai em si; quando o homem chega a reconhecer sua própria miséria; quando o homem se depara com o fato que é culpado e que diante de Deus nada merece, senão o inferno, esse é o homem que chama a atenção de um Deus que age com misericórdia.
        Digo mais que uma alma assim se converte de coração a Deus; que uma alma assim está pronta para engrandecer a justiça de Deus em sua vida; que uma alma assim está apta para andar com Deus aqui e viver uma vida piedosa. Tudo começa na queda, porque quando é ali que a mão poderosa do Salvador é erguida para salvar.

       


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