terça-feira, 21 de junho de 2016

A FRAGILIDADE NATURAL DOS HOMENS (1)




“Mas todos nós somos como o imundo e todas as nossas justiças como trapo da imundície; todos nós murchamos como a folha e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6)
INTRODUÇÃO:      
        Amado leitor, eis-me aqui para pisar e repisar um assunto que tanto tenho tratado em minhas pregações. Mas espero que o tema não seja prolixo nem enfadonho para você. Para mim não esse tema tem trazido grande conforto, porque cada vez que eu passo a me conhecer melhor à luz das Escrituras, mas dependente me torno da graça de Deus em meu viver. Mas como enfadar-me de algo que a Bíblia tanto trata? Por que desistir dessas aulas dadas pelo Espírito de Deus acerca de nossa condição? Se sairmos das páginas sagradas, o que vamos aprender? Queremos ouvir o que os homens ensinam? Estamos dispostos a abraçar aquilo que satanás tem dado às multidões em nossos dias? Não é melhor compreender a profundidade de nossa miséria, a fim de que nosso viver engrandeça ainda mais nosso Senhor?
        Amado leitor, viemos do pecado e somos os seres mais iludidos que existem, até mais do que os anjos caídos, porque eles sabem bem do destino que lhes espera,e que não há qualquer esperança. Mas os seres humanos no pecado são altivos, presunçosos, vaidosos e acreditam que nada há de errado com eles. A natureza do pecado declara que Deus é mentiroso e nós somos verdadeiros; acreditamos que somos dignos das mais preciosas bênçãos de Deus, porque somos limpos e que nossos problemas não são oriundos de nós mesmos. Acredito que posso expor esse assunto com mais clareza:
        1.     O pecado nos diz que somos fortes como uma árvore.  A bíblia afirma que somos frágeis como uma erva. Não é verdade que somos assim, prepotentes, mesmo diante dos fatos da nossa mortalidade, da nossa inclinação às paixões? Não foi assim com grande número do povo de Israel enquanto era guiado no deserto? Veja como eles acreditavam no íntimo que Deus estava errado na forma como conduzia e guiava o povo rumo à terra prometida; veja como estavam dispostos a voltar ao Egito e a eleger um capitão para comandar esse regresso. Não é verdade que Deus é longânimo, paciente, sofredor e amoroso?
        2.     O pecado nos diz que somos úteis como frutos. A bíblia nos diz que somos inúteis como a folha. Ah! Eu sei o quanto a nova era tem insuflado essa mentalidade enganosa nos homens em nossos dias! A multidão sempre agiu assim, mas agora tudo avança com força, pois os homens acreditam que não são tão pecadores assim; que são capazes de erguer por eles mesmos, de vencer todo poder da morte e da adversidade. Estão proclamando que podem sim, fazer o melhor para Deus; que são capazes de produzir muito mais na vida religiosa, que podem louvar mais e que são capazes de subir às alturas da espiritualidade. Ah! O que a Bíblia diz a respeito disso? Enquanto os homens pensam que são úteis, a Palavra de Deus declara que eles são sujos e inúteis, inaptos para o serviço de Deus e completamente incapazes de realizar qualquer coisa que satisfaz o Deus santo.
        Minha esperança é que meus leitores compreendam essa verdade na prática, porque o texto acima nos leva à uma profunda humilhação; a sentir de fato nossa miséria e merecimento do castigo. O texto de Isaías 64:6 realmente mostra a escuridão do pecado, mas por outro lado faz brilhar a radiante luz da graça de Deus, a fim de conduzir homens e mulheres à tão grande salvação que há no Filho. Amigo, não há esperança em você, nem em mim, assim como não há esperança numa fruta podre. Enquanto o coração for mantido na arrogância do pecado, então, o caminho será de paz e prosperidade no pecado, mas fatalmente fará com que o pecador caia na perdição eterna.

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