sexta-feira, 28 de maio de 2021

SUBLIME CONFISSÃO DOS ELEITOS (3)


“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6)

UMA VISÃO QUE SOMENTE OS QUE CREEM PODEM VER.

        O que os eleitos viram no Cordeiro crucificado? Que noção eles tiveram? O que eu e você, meu irmão em Cristo pensávamos a respeito da cruz? Será que éramos diferentes? Deus mostra quanta ignorância habitava em nossas pobres mentes e sentimentos. É claro que toda essa confissão errônea mostra nossa situação de depravados e odiadores de Deus, conforme Paulo fala na carta dele a Tito. Oh! Cuidemos para que não olhemos a doutrina da eleição como se a nossa eleição foi porque éramos diferentes. Não olhemos para a eleição na eternidade, como se houvesse alguma glória em nós. A eleição foi feita no Filho e não por alguma virtude nossa. A doutrina da depravação total vem imediatamente aniquilar toda nossa vangloriosa vaidade, e a entrega na cruz veio para mostrar o quanto tudo seria inútil sem que nosso Cordeiro Amado viesse ocupar nosso lugar.

        Diante desses fatos é que vamos examinar de perto o que o verso 6 nos ensina: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6). No verso 4 vemos como os eleitos olham para o Senhor, vendo-O como um coitado. A idolatria inerente eleva os homens acima de Jesus. No sistema idolátrico do coração do homem, a divindade que ele promove deve ser menor que o próprio homem. Por esse fato, alguém que sofre, como o caso do Servo de Jeová na cruz é digno de dó é visto como alguém que merecia aqui e não nós mesmos. Para o povo eleito, Jesus é visto como uma pessoa aflita, ferida de Deus e oprimida.

        Mas quando chegamos verso 6, eis que os eleitos olham para suas próprias vidas de uma forma diferente. Antes, o Jesus sofredor era o coitado, agora eles confessam sua miserável condição: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”. O que levou os eleitos a essa condição? Não foi algo natural, mas sim uma visitação operante da graça em suas vidas. O que vemos no texto é os crentes do mundo inteiro e de todas as gerações dizendo numa só voz: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”. Isso é incrivelmente revelador, justamente porque é assim que Deus, em Sua palavra trata Seu povo – como ovelhas. O que vemos é também interessante, porque na lei Deus põe as palavras de confissão na boca do povo, como vemos em Deuteronômio 26. Ali vemos a ordem de Deus, para que o judeu, quando oferecesse sua oferta ou dízimo faziam sua confissão de como eram antes e como foram achados por Deus. Na graça a confissão é posta no coração do crente: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”.

        Impressionante ocupação das Escrituras com o povo eleito de Deus! O que vemos no texto? Vemos como se Deus estivesse filmando no passado tudo o que ocorreu, está ocorrendo e irá ocorrer, até que o último dos eleitos seja salvo. Não é uma história maravilhosa? Todo crente testemunha de como era seu viver antes, porque essa confissão está gravada num coração santificado pela graça. Não há na graça para os arrogantes; não há lugar para homens cheios de justiça própria. Eles não têm essa confissão nos lábios, porque a graça não chegou neles para salvá-los.


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