quarta-feira, 5 de maio de 2021

O VIVER DO HOMEM FELIZ (9)


“Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7)

DEPENDÊNCIA DE DEUS: “...te fará suplica em tempo de...”.

        Quando o homem, pela conversão se torna piedoso ele passa a ter uma visão correta do que ocorre no mundo. Não há ninguém no mundo, nem os grandes, cientistas e poderosos que são capazes de ver as coisas como elas realmente são. Salomão, no livro de Eclesiastes mostra onde o homem natural chega; toda sua visão é da vida aqui e ele está cercado pelos limites desta vida passageira em tudo, olhando de forma horizontal e vertical. O homem piedoso, entretanto passa a ver além. A excelente visão é aquela que enxerga as coisas do ponto de vista espiritual. Nossos olhos são as lâmpadas que Deus nos deu, mas tais lâmpadas foram queimadas pelo pecado, de tal maneira que é impossível ver as coisas como elas realmente são, senão pelo poder da regeneração.

        O que o homem piedoso consegue ver além do que via anteriormente? Ele realmente vê o mundo e os acontecimentos que aqui ocorrem do ponto de vista de Deus. Para o homem natural as tragicidades aqui são coisas normais, mas quando elas vêm para mexer com o sossego do homem natural, eles não têm onde buscar socorro. Os homens no pecado são um bando de loucos que correm em todas as direções, buscando escape dos perigos e tentando achar descanso na morte. Eles vivem do momento, por isso, se o momento estiver indo bem, então, maravilha!

        Mas não é assim que procede o homem piedoso, porque ele enxerga as coisas da forma correta, mas não em loucura. Os crentes em Cristo não tem medo da morte, mas não vivem puxando a morte para si; eles sabem que vão para o céu, mas não vivem à procura de um escape para fugir das lutas terrenas. Se estiverem cercados, os piedosos sabem como escapar. Os apóstolos não criaram circunstâncias para atrair perseguição de forma obstinada e insensata. Ele faziam o serviço do Senhor normalmente. Os líderes religiosos em Jerusalém queriam reprimi-los, mas eles disseram que não justo obedecer a eles do que obedecer a Deus. As perseguições e morte vieram por causa da rebelião dos homens contra Deus.

        Os piedosos não fazem a “dança da tempestade”, a fim de atrair perigos. Eles vivem a vida normal deles, certos que estão cercados de da proteção do Onipotente. Notemos o que o texto acima diz, porque revela isso: “...quando transbordarem muitas águas...”. Entendamos aqui a percepção do homem piedoso, porque pela fé ele se prepara e é diligente em treinar em confiar em Deus para os momentos difíceis. Quando vemos as palavras: “quando transbordarem muitas águas...”, significa que há um senso dos iminentes perigos que podem surgir de repente. O fato é que o mundo é assim. Hoje tudo vai bem, mas amanhã tudo pode mudar. Tudo estava bem no palácio em Babilônia, mas logo o rei entra em cena e toma decisões que podem custar a vida dos servos de Deus que ali trabalhavam. Daniel e os três amigos estavam preparados no íntimo para enfrentar as terríveis provações que vieram.

        Mas o que vemos em seguida é que a vida cristã do piedoso é pela fé. O que a fé diz quanto ao surgimento dos perigos: “Não o atingirão”. Eis aí o segredo do viver do piedoso, pois ele crê no seu Deus de todo coração. Ele sabe que seu Deus está presente, cuidando dele e pronto para livrá-lo dos perigos, assim como o livrou do inferno na conversão. Assim é moldada a felicidade do crente até que essa felicidade tome um formato de amadurecimento, por esse fato surgem as provações. Espero que essa breve explicação ajude meus irmãos na compreensão das maravilhosas verdades que transbordam o coração do salvo.

 


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