terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

NÃO VERÁ A VIDA (5)


                             
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
UMA CONDIÇÃO PERMANENTE SEM VIDA.
        Quero continuar lançando esse alicerce doutrinário, mostrando aos meus leitores o quanto os homens no pecado não têm vida e não verão a vida, caso forem deixados sem uma visitação misericordiosa da parte de Deus. Notemos bem que a bíblia não mostra essa condição dos homens a partir de alguma ocasião posterior à queda. Lembremos bem que Deus mostra a raça caída em Adão desde a decisão que ocorreu ali. Todos em Adão, então todos pecaram em Adão, conforme a verdade mostrada em Romanos 5:12. Visto que nasci no pecado, então Deus me vê como um morto espiritual e não como alguém quase morto ou apenas enfermado. Todo nosso problema consiste em não ver a vida do ponto de vista de Deus. Não cremos que a bíblia é Deus falando. Nossa incredulidade vil nos empurra à tanta desilusão e derrota.
                Assim todo crente poderá entender a diferença entre a vida natural e a vida eterna se apenas voltar seu antigo estilo de vida antes da conversão. Minha expectativa é que meus leitores crentes não pensam que nasceram crentes. Já mencionei algumas vezes em meus escritos acerca de minha vida, antes da minha conversão. Minha mãe era uma mulher crente sincera e me levava à igreja e assim eu aprendi os costumes e os hinos cantados ali. Claro que todo esse aparato religioso serviu muito para o serviço de Deus agora. Mas eu era um homem morto! Mesmo sendo livre de sérios e grosseiros pecados. Mesmo assim em nada diferia dos padrões deste mundo, pois eu não tinha qualquer interesse por Deus, não conhecia o Senhor e Ele não habitava em meu coração.
        Quando tratamos de vida eterna, certamente devemos distinguir essa vida da vida natural. Eu nasci um dia, cresci tendo o nome que meus pais me deram; aprendi a falar, andar, ler, ter amigos, decidi casar e assim por diante. Essa é a vida que todos têm – a vida natural, mas ela nada tem a ver com a vida eterna. Aquela passa com a morte, esta é permanente. Assim precisamos discernir os sinais claros e inequívocos de vida eterna, a fim de fazer diferença da vida natural que todos têm. Quando lemos o livro de Eclesiastes é fácil ver ali que o escritor está mostrando a vida natural e não a vida espiritual. Todo estilo de vida rica, confortável, saudável é vista abaixo do sol, nada acima dele. Até mesmo a linguagem religiosa em Eclesiastes é usada falando de Deus, como todo homem natural fala, mas não de Deus como o Senhor. Até o final do livro mostra exortações referentes à vida natural: “Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade”. Não há uma visão da eternidade e não é mostrada uma necessidade urgente de salvação ali. O que acontecia comigo? Por que não tinha a vida que há no Filho? Afinal, não era chamado de crente? O que a bíblia fala é que eu estava morto para Deus, mas vivo para o mundo; eu era completamente estranhos às realidades eternas, nada sabia dos meus pecados e da minha condição de condenado. Quando meditava na volta de Cristo e tinha medo, pois não tinha qualquer segurança concernente a salvação de minha alma, conforme diz um antigo hino: “Bem longe de Deus eu andava, um pobre perdido fui eu; pensava que fosse impossível entrar a minha alma no céu”
        Será que podemos entender isso? A vida natural morre aqui; a vida eterna é para sempre. Quando a pessoa recebe a vida eterna por ocasião de sua salvação, logo percebe-se que a vida eterna passa a dominar a vida natural; os desejos da carne são superados e vencidos pelos desejos espirituais; logo é visto que há um homem novo no coração, o qual vai crescendo e renovando mais e mais em poder, fé e genuíno amor. Enquanto isso, o homem natural segue no mesmo estado dia a dia; não há sinais de mudanças; não há interesses por realidades eternas, porque seu coração está no mundo e morrerá com tudo isso.

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