sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

A GRANDE FESTA DA FÉ (2)


                           
“Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra” (Salmo 100:1)
A FESTA DA CELEBRAÇÃO “Celebrai com júbilo ao Senhor...”
        Notem que é convocado o povo de Deus de Deus e entendemos que somente os crentes podem celebrar a grande festa, porque eles o fazem porque creem Nele. Sempre foi assim, mesmo na história do Velho Testamento, os convocados eram os judeus crentes, o povo eleito. A razão obvia é que ninguém mais se interessa por essa celebração. Veja bem, não estou tratando de festa numa igreja, numa praça, ou no evento conhecido aqui no Brasil de “Marcha para Jesus”. A fé não se regozija com o que é externo e meramente transitório, porque essas luzes com o tempo apagam. Mas a fé jamais apaga, ela é a lâmpada acesa do homem interior renovado pela graça. Portanto, os crentes são convocados a realizar essa celebração e essa festa é do coração deles, porque a luz da graça salvadora está acesa ali. Quando há festa no coração, todo ambiente enche de alegria.
        Também, a celebração diferente daquilo que o mundo pensa e faz, porque a religião mundana não conhece o temor ao Senhor. A vida do crente tem luzes da palavra de Deus brilhando em todo seu ser, mediante os santos ensinos da palavra. O temor ao Senhor levou a igreja primitiva a reunir-se todos os dias; havia alegria intensa neles, pois foram arrancados da ilusão religiosa de um judaísmo sem vida; a mensagem de Pedro em Joel foi o martelo que esmiuçou seus corações, levando aqueles homens a sentir no íntimo a profunda culpa que tanto dilacerou o íntimo, a ponto de clamar: “Que faremos irmãos?” Aquele que eles tanto desprezaram, a ponto de pedir que fosse crucificado, agora habita neles; aquele que andava fazendo o bem, com sinais e maravilhas veio ser o Senhor, habitando para sempre em seus corações. Aqueles novos crentes em Cristo reuniam para celebrar com júbilo ao Senhor.
        Saulo saiu de Jerusalém rumo à cidade de Damasco, como um terrorista religioso, mas tombou ali velho Saulo, para nascer Paulo; com júbilo esse novo homem voltou a Jerusalém, desarmado por fora, mas armado de vibrante fé no íntimo, celebrando o conhecimento que teve naquela visão gloriosa e cheia de compaixão (Atos 9). Tem sido assim na história do cristianismo, porque milhares de salvos pela graça passaram a celebrar pela fé o Senhor que lhes salvou. Normalmente a festa mundana termina em tristeza e tende a levar à depressão. Belsazar celebrou a sua festa de prazeres sensuais no palácio, mas logo Deus mesmo fez com que o júbilo inútil fosse dissipado, trazendo horror e morte aos rebeldes (Daniel 5). Como a festa mundana difere da celebração dos santos!  Quando Simeão tomou a criança dos braços ternos de Maria, aquele sincero crente pode celebrar aquela visão do Salvador com intensa alegria e a disponível vontade submissa a Deus para sair deste mundo.
        Como podemos nós celebrar as maravilhas do Senhor? Quanta tristeza vemos esse cristianismo moderno! Tudo hoje não passa de uma celebração carnal intitulada de “evangélica”, porque não vemos o temor do Senhor, mas sim uma reunião do mundo com os chamados crentes. Podem tais pessoas celebrar com júbilo ao Senhor? Claro que não! Reunir as trevas com a luz? Associar a impiedade com os piedosos? Não é verdade que o Senhor não está presente ali? Como podemos unir o culto ao Deus santo com o culto prestado ao diabo?

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