quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

DESCOBRINDO A CORRUPÇÃO DO CORAÇÃO (3)


                       
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A FIDELIDADE DO DEUS SALVADOR “Eis que a mão do Senhor não está...”
        “Sua mão”, indica que não há outro Salvador. A natureza humana sempre está à procura de outros meios; o orgulhoso homem no pecado sempre quer buscar outros mediadores; sempre achará uma Maria, Antônio, Paulo e outros que servirão de mediadores. Mas a palavra de Deus sempre enalteceu e há de enaltecer ao Senhor Deus, como o único redentor e Salvador. João Batista sempre ficou cercado por judeus que achavam que ele mesmo poderia ser o Messias, mas aquele homem sempre se esquivou desse perigo. Um dia quando viu Jesus chegando, chamou os discípulos e apresentou o Senhor para eles dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). É assim que os servos fieis do Senhor devem proceder ao ver o Noivo amado, a fim de exaltá-Lo como sendo o que veio buscar Sua noiva.
        Também, nosso Senhor sempre mostrou que Seus servos aqui são dispensáveis e que servem por pouco tempo. Por quê? A resposta é que a glória é Dele apenas e de nenhum homem. Significa que Ele mesmo pode realizar Sua obra se não houver nenhum homem. Quando o sacerdote Eli soube que os filisteus tinham levado a Arca da Aliança, o susto foi grande levando aquele velho homem à morte imediata. O conceito de Eli era completamente errado acerca de Deus; ele estava mais pronto a defender o Deus de Israel do que lidar com seus dois corrompidos filhos (1 Samuel 4). Mas logo entra em cena o maravilhoso capítulo 5 de 1 Samuel onde vemos o grande Deus em Sua Arca colocada num templo pagão e ali o Senhor, longe do Seu povo e no meio dos inimigos mostrou que Ele é poderoso e suficiente Nele mesmo para defender Sua glória, Sua honra, Seu nome e castigar os inimigos com suas idolatrias.
        Assim, notamos em toda Escritura um Deus que projeta Sua gloriosa salvação como vinda Dele mesmo; exibe o Salvador como alguém proveniente da própria divindade e declara que olhou para todos os lados, para todas as direções, viu que não havia ninguém, então Seu braço foi empunhado para providenciar o grande resgate do pecado: “...pelo que o Seu próprio braço trouxe a salvação”. Quem são os homens? Pobres seres caídos no pecado. Ora, o Senhor faz com que os povos saibam pela Sua palavra que não há como confiar nos homens. Na história dos judeus Deus fez questão de levantar alguns homens que se destacaram, mas cada um deles mostrou que não passava de pobres pecadores, falidos, indignos de confiança e cujo braço era fraco. Não foi assim com Moisés? Mesmo sendo um grande líder mostrou fracassar em algumas ocasiões, até que chegou seu momento de despedir deste mundo. Foi assim com homens como Sansão; sua força de nada valeu quando desobedeceu a aliança que Deus fez com ele e assim morreu cego, tombando junto com os inimigos.
        O que está escrito? “Maldito o homem que confia no homem e faz da carne mortal o seu braço...”. (Jeremias 17:9). Nessas palavras Deus coloca o homem em seu lugar de mero mortal, caído e necessitado do poder de Deus. Assim, não adianta ficar olhando para qualquer nome aqui. Nossa tendência é essa; admiramos os grandes nomes e pomos nossa confiança nos eruditos. Mas o Senhor aparece para mostrar Seu braço forte, Sua mão, dizendo a todos que Ele não enfraqueceu, que ele é o mesmo Deus, apto para salvar. Não é o momento para buscar outro refúgio. Quando Elimeleque e Noemi foram com seus filhos para habitar em Moabe, no meio de um povo pagão, as consequências foram graves na família. Ora, ele deixou seu Deus, o qual prometeu cuidar do Seu povo (livro de Rute). É essa a mensagem que temos em Isaías 59, a fim de que sejamos erguidos numa fé dinâmica e fortalecidos naquele que é e sempre será o grande Salvador do Seu povo.

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