sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (10 de 10)



“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
        O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER A BUSCAR A         SALVAÇÃO DOS PERDIDOS.
        Significa que devemos estar envolvidos em amar a raça, porque Cristo amou seres humanos. É quando somos envolvidos no amor de Cristo que meditamos na grandeza do Seu imenso amor por nós. Por que Ele me amou? O que Ele viu em mim para que tivesse interesse num perdido como eu? Quando lembramos de pessoas que morreram, parentes, amigos e milhares de outros que partiram deste mundo em seus pecados e nós ficamos livres, o que vem em nossos corações? Não somos sobressaltados de temor? Intrinsecamente, que diferença temos dos outros? Nada! Ora, tamanha verdade não nos leva a amar e buscar diligentemente o bem dos nossos semelhantes? Somente um entendimento claro do amor de Cristo pode nos levar a servir. O amor de Cristo foi um amor que levou o Senhor a se sujeitar ao serviço humilde e abnegado em nosso favor. É esse mesmo espírito que deve tomar nossas vidas aqui.
        Quando somos constrangidos nesse amor e por esse amor, jamais nos afastaremos. Um amor firme nos dá a disposição de encarar tudo e sofrer todas as coisas por amor aos nossos queridos. Foi esse dinâmico e sensato amor que levou Moisés a abandonar completamente os vaidosos desejos egípcios, a fim de sofrer com o povo de Deus e pelo povo de Deus. Que escolha! Dessa meta aquele servo jamais se afastou, mas foi cheio do Espírito que Moisés se mostrou amigo do povo e interessado pelo bem-estar deles. É imbuído desse santo amor que nos constrange que ousamos dar o melhor de nós aqui. Homens e mulheres entregaram suas vidas, deixando conforto, amigos e os prazeres do mundo moderno, a fim de sofrer em lugares difíceis e cheios de intensos perigos, para levar o evangelho aos que jamais ouviram. Quantas histórias de sacrifícios enchem nossos olhos de lágrimas! Até onde o amor que Cristo teve por nós pode impulsionar os santos a entregarem suas vidas em sacrifício pelo bem do seres caídos no pecado.
        O segredo do amor de Cristo está na autonegação. Foi essa a atitude do Senhor em nosso favor e essa deve ser nossa atitude, à medida que meditamos e nos entregamos em santidade de vida. Todo nosso problema está no egoísmo. À medida que o vencemos no poder do Espírito, logo começamos a ver, vislumbrar e interessar pelo amor do Senhor vigorando em nós. Qual a razão desta vida aqui? De que vale viver aqui, se não for para servirmos com o mesmo espírito do Senhor Jesus? Nossa herança não está neste mundo, então, por que abarrotar nossas vidas com os pesos da ganância dos ímpios aqui? Foi isso o que Tiago disse em sua carta, pois nos alertou do perigo de buscar aquilo que satisfaz nossas paixões.
        Constrangidos pelo amor é que também oramos com intensidade. Quanta falta de homens e mulheres de oração? Vemos ao derredor milhares destruídos pelas drogas, imoralidades, família arruinadas, crimes, roubos e outras perversidades praticadas à luz clara do dia. É espantoso não ver os crentes orando! É avassalador ver que faltam homens e mulheres que se ponham entre Deus e essa raça que se apodrece no pecado. Na linguagem de Jeremias ao ver a destruição de Jerusalém: “Será que não nos comove ver o que está acontecendo?”
        Qual é a minha oração? Não é que esta mensagem venha despertar meus leitores crentes? O que importa para mim é o ganho de uma causa santa. Que o Senhor volte Seu olhar de amor por nós; que o Santo Espírito venha ocasionar esse levantamento de muitos para que lancemos ao Seu santo serviço, munidos desse santo amor de Cristo, que de fato nos constrange.

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