sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

CHAMADO AO ARREPENDIMENTO (4)




“Não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento” (Lucas 5:32).
PERIGOSO CAMINHO TOMADO NO PECADO.
        Por que Deus chama os pecadores ao arrependimento? Não é verdade que, além de tomarmos o caminho de Caim, também desprezamos a Deus e a sua lei? O que é o pecado? Nós aprendemos com o mundo que o pecado é algo tão irrisório, como vício, mentira e outras práticas comuns vistas no meio dos homens. Ah! Quanto somos insensatos! Sem a luz da verdade brilhando em nosso coração, toda iluminação que temos vem deste sistema que tanto despreza Deus. O que é o pecado? Não foi verdade que ali no Éden viramos a costa para nosso Criador e bondoso Deus? Não é verdade que trocamos sua glória por aquilo que nada tem de proveito? Não há melhor definição para “pecado” do que esta: “Pecado é desprezar a Deus e sua glória, a fim de buscar glória em si mesmo, no mundo e no diabo”.
        Algumas pessoas continuam se banhando em sua tolice, ao dizer que amam a Deus. Mas olhemos bem para nossos caminhos. Eles são os caminhos do Senhor? Claro que não! Amamos a ele? Queremos conhece-lo melhor e trilhar por veredas santas e puras? É óbvio que não! Quando achamos que estamos lá em cima, tudo não passa de sonho, de ilusão, porque de fato estamos lá embaixo, sem perceber o quanto estamos curtindo miséria. Por natureza desconhecemos os caminhos santos, puros e justos do Senhor. Não há qualquer possibilidade de trilhar o caminho nosso, no qual entramos desde o nascimento, e ao mesmo tempo o caminho do Senhor. Aliás, não há quem posso atingir o caminho do Senhor, sem que primeiramente tenha sido chamado por ele (Jeremias 30:21).
        Vemos como a bíblia mostra com clareza e nossa experiência prova o quanto é necessário que os homens sejam chamados ao arrependimento. Posso acrescentar mais razões e a próxima é o fato que por natureza optamos pela escravidão do pecado do que a liberdade em servir a Deus. O viver de escravo é imperceptível no coração, porque, quando comparamos o viver no pecado e a vida submissa a Deus, achamos que servir ao pecado é experimentar o verdadeiro paraíso. Foi assim nossa decisão louca e destruidora na queda, porque olhamos para todos os benefícios e maravilhas da criação, da comunhão com Deus e da glória de sua criação e resolvemos dar as costas, a fim de buscar o vazio de um caminho cheio de ilusão oferecido pela ardilosa serpente.
        É claro que a liberdade em andar com Deus consiste em ver sua glória e sua liderança em nossas vidas. Quando Deus fez com que Israel trilhasse o caminho deserto até Canaã, quarenta anos depois ele disse que fez com que seu povo passasse fome (Deuteronômio 8). Para o homem isso é sinônimo de escravidão. A liberdade oferecida por Deus consiste em andar com ele e ser guiado como uma ovelha sustentada e protegida. A liberdade oferecida por Deus só pode ser experimentada quando os grilhões da carne, do diabo e do mundo forem arrancados. Afinal, a natureza humana deseja isso? Quer aprender os ensinos de justiça e santidade? Pode curvar-se em submissão a esse Deus que prometeu cuidar do seu povo? Claro que não! Ouçamos os gritos do povo de Israel, querendo levantar um líder, a fim de voltar à escravidão Egípcia (Números 34). E nós somos diferentes? Não temos nós as mesmas intenções insanas que tiveram os homens no passado?
        Diante desses fatos comprovados em nossa maneira de pensar, sentir e viver, não é verdade que é Deus em sua graça que chama o homem? Nosso Senhor não veio ao mundo porque foi chamado e solicitado pelos homens. Não houve qualquer emissário que levou uma mensagem da terra ao céu. Foi o amor de Deus e sua graça que enviou o Filho aqui, a fim de chamar pecadores, tirando-os desse lamaçal e desse covil do pecado, a fim de conhecer sua glória eternal.

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