segunda-feira, 7 de agosto de 2017

PROMESSA DE SALVAÇÃO A TODOS (4)



                            
“Porque, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13)
A CONDIÇÃO DA PROMESSA: “...que invocar o Nome...”
        Por que a promessa de salvação foi estendida a todos os homens no mundo inteiro? Paulo deixa claro que, tanto judeus como gentios, todos estão debaixo do pecado (Romanos 3:9). A tendência maligna dos homens é criar barreiras em todos os aspectos, por essa razão o mundo é marcado sempre por conflitos religiosos, bem como sociais. Mas a Bíblia nos mostra a visão de Deus e não do homem ou de qualquer religião entre os judeus e gentios. Todos pecaram e a queda foi igual a todos. Não teve um grupo que caiu mais do que outro; não tem uma nação menos culpada do que outra nação. Visto externamente, certamente veremos que há diferença. Mas o evangelho bendito põe homens e mulheres, judeus e gentios, pretos e brancos, etc. todos igualmente debaixo da condenação em Adão, a fim de que Deus venha a usar de misericórdia para com todos.
        Agora meu trabalho consiste em mostrar a condição da promessa, conforme o texto deixa bem elucidado: “... invocar o nome do Senhor...”. Minha esperança é que a graça me capacite a expor essa verdade, porque eu sei o quanto um evangelho feito do chazinho humanista apareceu no cenário evangélico, a fim de convidar a todos os homens para uma salvação baseada numa mera decisão do homem. A luta ansiosa para que os homens sejam salvos, eis que muitos lutam para que homens e mulheres tomem logo uma decisão por Cristo, crendo que tal decisão implicará em imediata salvação. Nem podemos imaginar o quanto esse evangelho resulta em falácia para a causa da verdade! Eu sei que muitos se levantarão contra meus argumentos aqui; eles vão dizer que eu estou declarando que todos aqueles que fizeram uma decisão de aceitar Jesus não são salvos. Em nada contestarei uma decisão dessa, porque se foi algo feito no coração, sendo que o trabalho foi do Espírito de Deus e da sua palavra, certamente aquela pessoa há de mostrar pelos frutos que ela de fato foi salva. O perigo jaz em dar aos homens uma certeza que Deus não imprimiu em seus corações, porque isso resulta em maior soberba brotada pela falsa paz no íntimo.
        Para ajudar melhor meus leitores, creio que devo partir para aquilo que o Espírito Santo nos mostra no próprio texto: “...que invocar o nome do Senhor...”. O termo “invocar” já traz consigo a explicação clara. Cremos que o evangelho é para todos, mas quem são esses “todos”? “Todo o que invocar...”. O evangelho não é a riqueza que vem do céu para ser distribuída aos homens de qualquer forma. Quando Pedro pregou em Jerusalém por ocasião do Pentecoste, o apóstolo não ficou distribuindo vida eterna a todos que puderam ouvi-lo. Ali estava uma multidão de homens e mulheres culpados enganados pela religião judaica, mas culpados pela crucificação e morte do Filho de Deus. Pedro não amainou a culpa deles, trazendo-lhes uma mensagem “amiga”. Pedro, cheio do Espírito pregou em Joel, um texto que eles bem conheciam, mas que foi suficiente para despertar sua consciência culpada; suficiente para deixa-los perplexos perante Deus e conscientes de seus pecados. O que aconteceu ali? A mensagem do céu mexeu com eles; eles sentiram a dor do pecado; houve ali um derramamento da graça e aqueles homens puderam invocar quando perguntaram aos apóstolos: “Que faremos irmãos?”.
        Diante desse fato podemos nós ignorar o termo bíblico “invocar”? Claro que não! Não fomos chamados para entrar onde somente Deus pode entrar; não fomos chamados para encher os corações dos homens de uma esperança que Deus não lhes concedeu; não temos em nós poder para encher corações perversos da paz que vem da cruz ao pecador arrependido. Então, vemos que a obra é do Espírito Santo no íntimo; vemos que Deus requer sua verdade no íntimo (Salmo 51:6). Se eu for à casa de alguém e lá ele me trouxer um copo de água, sem que eu tenha pedido, certamente vou dizer não, porque não tenho sede. O evangelho é a agua pura e cristalina que vem do céu, a fim de sanar a sede de toda alma sedenta: “Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas!”.

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