sexta-feira, 18 de agosto de 2017

ADORAÇÃO E SALVAÇÃO (3)



 
“O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus” (Salmo 40:23)
A VERDADEIRA ATITUDE DE ADORAÇÃO A DEUS: “O que me oferece sacrifício de ações de graças”.
        A lição que aparece em primeiro lugar no texto vem mostrar o quanto o homem, por mais religioso que seja, sem salvação jamais poderá oferecer culto a Deus. O Senhor requer que tudo seja dado a ele em forma de ações de graças, e tal culto é feito no coração e não na aparência. Davi percebeu essa verdade, porque quando encobria no íntimo seu pecado, mesmo assim tentou forjar um serviço feito a Deus. Quando se arrependeu, pode confessar seu erro e afirmar com seus lábios que Deus requer a verdade no íntimo (Salmo 51:6). Milhares desconhecem essa verdade, porque realmente ignoram o que a palavra de Deus diz acerca do temor devido ao Senhor. Nossa tendência natural é tentar oferecer a Deus sacrifícios conforme a carne, tudo porque gostamos disso. Tais sacrifícios elevam a soberba humana e o faz parecer melhor por fora. Seria como se estivéssemos arrumando bem um cadáver, para deixa-lo mais belo.
        Entretanto, os crentes devem lembrar sempre, com santo temor, que foram salvos para oferecer a Deus um só tipo de sacrifício – o de ações de graças. A razão simples é que não podemos fazer outro sacrifício que a Deus é aceitável. Ações de graças a Deus significa verdadeira adoração; em tudo o crente estará dizendo que ele é o que é porque foi Deus quem usou de compaixão para com ele. Vemos isso na forma como Deus ensinou Israel, assim que adentrasse à terra prometida (Deuteronômio 26). Eles deveriam tomar das primícias dos frutos do solo, em reconhecimento de que foi Deus que lhes havia dado. Era para colocar esses frutos num cesto, ir ao lugar destinado para adorar a Deus e fazer uma incrível confissão de que não passava de miserável, descendente de um Abraão pecador; que um dia foi tirado do Egito com mão forte e poderosa – a mão de Deus e assim o Senhor lhes trouxe para a terra que mana leite e mel.
        Certamente não foi relatado nas Escrituras se algum ou alguns judeus realmente fizeram isso. Acredito que não, porque tudo indica que fizeram exatamente o contrário. Mas fica a lição bem clara para que os crentes agora venham a agir da mesma forma, porque é exatamente isso que significa adoração a Deus. A lição número um que deve nos mover a continuamente adorar a Deus é o fato que nós estávamos numa condição incomparavelmente pior que estava Israel. Nossa história mostra que habitávamos num mundo de escravidão; que éramos filhos do diabo e que tudo fazíamos para agradar nossa carne, nossos pensamentos e ao príncipe das trevas (Efésios 2:2). Nossa história pregressa mostra que estávamos condenados ao inferno, que inexoravelmente seríamos atirados à perdição, devido a ira justa e santa de Deus. A história bíblica mostra que éramos desobedientes, rebeldes e provamos isso pelos maus caminhos por onde andávamos e pelos nossos pensamentos sujos, impuros e profanos, sem qualquer temor.
        Nem pude tocar em todos os detalhes do antigo modo de viver dos crentes. Mas o que sabemos na bíblia e na experiência é suficiente para nos levar à humilhação e nos fazer entender que toda adoração a Deus só pode ser aceita por ele quando o fizermos com ações de graças. Ele mesmo afirma que é esse o culto que lhe agrada e que lhe é aceitável. Fora isso é tudo invenção da carne; não passa de manobra de corações arrogantes e prepotentes. Não é o momento agora para que humilhemos perante o Senhor? Não é o momento exato para que recordemos nossa triste história, conforme Deus mesmo narra a nosso respeito?

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