sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A LIBERDADE DE DEUS EM SALVAR (7)




“Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
EXPONDO A LIBERDADE DE DEUS (versos 14 a 17)

        Vemos o quanto Deus abre o cenário, a fim de mostrar aos homens que ele age com misericórdia, porque se tiver que agir na base dos méritos dos homens, certamente terá que punir a todos com sofrimento eterno. Sendo ele livre, ele há de salvar quem ele quiser salvar e demonstrou esse fato na escolha de Jacó, tendo como base seu amor: “Amei Jacó...”. A resposta é simples e definida. Quando foi que ele começou a amar Jacó, temos a resposta em Jeremias 31:3: “...Com amor eterno eu te amei...” Ainda vemos essa mesma verdade na linguagem inspirada de Efésios 2:4: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou”.
        O amor de Deus não entra em atividade de forma circunstancial; ele não age porque mudou de atitude em face de uma mudança em alguém. Deus não amou Jacó porque viu que Jacó teria um procedimento melhor que Esaú, assim que nascesse e chegasse à idade de tomar decisão. O amor de Deus deriva-se dele mesmo; ele ama porque quer amar e o perfeito objeto de seu amor é seu Filho. Se alguém há de ser favorecido nesse amor, tal pessoa tem que estar ligado ao Filho de Deus. Visto que Deus amou seres humanos caídos no pecado, a verdade é que esse amor foi fundamentado na eleição: “Para o louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado” (Efésios 1:6 versão corrigida). Sendo assim, a aceitação de Jacó foi fundamentada no fato que Deus, em Cristo escolheu Jacó.
        Mas se alguém tem dó de Esaú, achando que Deus foi injusto, então é bom que encaremos a vida dele, tendo como base a verdade bíblica. Notemos o que Deus faz com milhares de homens e mulheres, os quais são entregues a si mesmos. Vou levar meus leitores a um verso que nos ajudará muito na compreensão desse detalhe, e esse verso está em Josué 24:4: “A Isaque dei Jacó e Esaú e a Esaú dei em possessão as montanhas de Seir; porém Já e seus filhos desceram para o Egito”.    O que Esaú queria? Prosperidade, poder, fama e glórias terrenas. Eram esses seus desejos naturais, por isso Deus o entregou, deixando-o livre para agir como bem queria e ainda favorecendo com bondade: “...a Esaú dei...”.
        Pensemos em Jacó, porque se fosse deixado livre, eis que ele, com toda correnteza do mal na alma, certamente desembocaria no oceano de maldade. Mas, pelo fato que Deus o amor com amor eterno, eis que esse mesmo gracioso amor tomou o viver desse homem desde cedo; não lhe concedeu prosperidade, mas sim sofrimentos, desde a perda de José, a morte de Raquel, as mentiras dos filhos, até a descida para o Egito: “...porém Jacó e seus filhos desceram para o Egito”. Os planos graciosos de Deus em favor desse homem fizeram dele um instrumento da sua graça; mediante sofrimentos e disciplinas Jacó se tornou um homem de fé e em sua morte provou o que Deus tem para seus santos que vivem neste mundo, porque foi pela fé que ele abençoou seus filhos.
        Meu caro leitor, Deus em sua palavra mostra que ele elimina toda e qualquer pretensão do homem em achar que tem qualquer valor. É satanás que engana a multidão, fazendo-a pensar que em cada ser humano há uma centelha de bondade, fé e amor. Quanto engano! “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto...” (Jeremias 17:9).

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