quinta-feira, 17 de agosto de 2017

ADORAÇÃO E SALVAÇÃO (2)



                          
“O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus” (Salmo 40:23)
A VERDADEIRA ATITUDE DE ADORAÇÃO A DEUS: “O que me oferece sacrifício de ações de graças”.
        Oh! Como é gloriosa a revelação bíblica! Vemos o quanto nosso Deus não é levado pela manipulação humana, na tentativa vã de passar despercebido. Nós estamos vivenciando essa situação de aparente espiritualidade em nossos dias, pois inventaram uma adoração emocional; parece ser verdade, parece ser espiritual, mas quando olhamos tudo à luz da palavra, vemos como Deus desfaz e queima tudo isso, transformando em cinzas. Os ensinos bíblicos têm o propósito de nos humilhar, visto que Deus é exaltado e glorificado. Onde a glória de Deus brilha como o sol ao meio dia, significa que a miséria humana há de ser revelada, porque não há como encobrir a realidade do coração perante o Santo de Israel.
        Na tentativa de encobrir a realidade de nossos corações amantes do pecado e cheios de idolatria, eis que nossa tendência natural é oferecer a Deus sacrifícios manipulados pela carne. Foi assim com Caim e será assim com todos os homens, quando não são levados à humilhação perante Deus. Nós gostamos de cultos talhados por elementos estranhos à palavra; queremos que Deus aceite o que nossa natureza adâmica produz. A natureza humana tem a tendência de ir longe nisso, porque o pecado faz com que tornemo-nos admiradores de nossas justiças, as quais não passam de trapos diante de Deus (Isaías 64:6). Israel agiu assim constantemente, pois quando Deus ordenava que obedecesse suas ordens, o povo fazia o contrário. Os homens no pecado têm fogo da paixão religiosa presa na carne.
        Deus, porém requer obediência do homem e não sacrifícios. É mais fácil fazer sacrifícios do que simplesmente cultuar a Deus com um coração simples, sincero e humilhado. Os homens no pecado querem encobrir os horrores do coração, fazendo os seus próprios altares. Os homens estão dispostos a mostrar o quanto são capazes de orar, gritar, expulsar demônios, cantar, pular e fazer outros sacrifícios, porque tudo isso tende a fazê-los sentir bem e que foram aceitos. É a natureza maligna caminhando pela via da profanação sem perceber que estão sendo iludidos. Já ilustrei isso muitas vezes com o povo de Israel, enquanto aguardava Moisés (Êxodo 32). Era simples esperar no Senhor; era simples meditar em seus grandes feitos por eles no Egito e no Mar Vermelho; era simples aquietar-se ali, sabendo que Deus era fiel e que cuidaria do seu povo.
        Mas, como arde o fogo das paixões na natureza humana! Eles queriam curtir a vida; queriam a liberdade de viver como bem queria e dar vazão a todos os seus anseios que ficaram presos na escravidão. Eles queriam uma divindade que pudesse ir à frente deles, abençoando suas intenções. Por esse fato o bezerro de ouro veio a calhar, funcionaria perfeitamente para liderar suas vidas. O que os homens querem? Assentar para comer e levantar para divertir. Os homens mudaram? Claro que não! Viemos todos de um Adão perdido; somos os perfeitos filhos da desobediência e deixados a sós estaremos sempre prontos a adorar os demônios em lugar de prestar culto a Deus com corações tementes e humildes.
        Qual é o alvo da vida? A resposta é bem simples, vinda da boca de Deus: Glorificar a Deus. E como o homem pode fazer isso? O verso acima responde: “O que me oferece sacrifícios de ações de graças, esse me glorificará”. Então, o Salmo 50 vem desmanchar toda fachada religiosa, vem revelar toda hipocrisia e vem silenciar nosso ego. O evangelho verdadeiro vem abalar toda essa estrutura montada pelo mundo religioso, a fim de calar a todos, mostrando que Deus é glorioso e temível. Nossos lábios devem ser abertos para chegar a ele em confissão e invocação.

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