terça-feira, 29 de agosto de 2017

A LIBERDADE DE DEUS EM SALVAR (9)



                     
“Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Romanos 9:13)
EXPONDO A LIBERDADE DE DEUS (versos 14 a 17)
        Se a liberdade é de Deus, então nada o homem pode fazer no que tange à sua escolha própria. Mesmo assim os homens tentam com todas as suas forças mostrar que têm justiça própria, que podem sim, se quiserem ir ou não para o céu. No entanto, o que vemos em Romanos 9 é que os homens devem ser levados à humilhação; que eles devem tapar suas bocas e ficarem emudecidos diante do fato que Deus é Deus e que é totalmente soberano em tudo o que faz, especialmente no tocante à escolha daqueles que ele, em sua graça há de salvar. O que Paulo está mostrando em Romanos 9 é que por mais que ele queira, Deus é Deus e que é livre para salvar quem ele quiser salvar, e assim Deus elimina toda e qualquer pretensão do homem em achar que ele tem qualquer valor. Sendo assim, três lições aparecem de forma imponentes, diante de nossos olhos:
        1.     Deus elimina toda vontade, todo querer do homem: “assim, não depende de quer...” (verso 16). Jacó queria? Deus esperou até que ele nascesse, a fim de tomar sua decisão? Claro que não! Quando se tornou adulto, eis que Jacó revelou o quanto estava apto para enganar, mentir e manipular todos. Foi isso o que ele fez, mentindo para seu pai e até mesmo usando o nome de Deus em vão, a fim de tomar posse da primogenitura (Gênesis 27). Sua vida foi assim, o Jacó natural, tanto na casa de Labão, quanto na casa dos pais, o mesmo Jacó, suplantador. Não fosse a intervenção divina em sua vida, certamente teria sido massacrado.
        O que Deus faz com os homens, em diferentes circunstâncias é a mesma coisa. Primeiro vem o abatimento, para vir posteriormente o erguimento; primeiro vem a queda, para depois vir o levantamento. Não há salvação enquanto os homens não se humilharem perante o Senhor e sua palavra; enquanto o homem não reconhecer sua própria miséria e a dignidade que tem do inferno, e não do céu. O trabalho do Espírito Santo, usando sua palavra como poderoso instrumento, é primeiramente matar o velho homem. E esse acontecimento não vem com o batismo, nem vem com qualquer ativismo religioso. Só pode vir com quebrantamento, contrição. Não estou afirmando que todos vão chorar, vão lastimar ou gritar. Não vejo essa verdade como manifestações externas, mas sim do coração. O convertido se humilha perante Deus, a fim de que sendo salvo possa render-se como servo do Deus vivo.
        Meditemos de forma mais profunda sobre isso. Os homens querem Deus? Examine o melhor homem que você possa achar; veja como ele é bondoso para com as pessoas, como é justo em todos os contratos, simpático e sociável. Você vai dizer: “Puxa, esse precisa ser um crente; é só levar-lhe o evangelho e ele irá fazer uma decisão para Cristo”. Verdade? Absolutamente não! A não ser que de antemão Deus esteja lidando com sua vida, assim como ocorreu com Cornélio (Atos 10). Caso contrário, tente falar de Deus para ele; tente glorificar a santidade de Deus e sua soberania. Logo você vai perceber o quanto ele quer logo mudar de assunto, procurando fugir. Ele tem vontade própria? Tem sim, mas ela está inerte aqui e submetida ao pecado e ao mundo, e na linguagem de Efésios 2:2, ele funciona nesta vida “...segundo o curso deste mundo...”. Basta uma abordagem dessa e será suficiente para entendermos o que Deus diz em Romanos 9:13: “...amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”.

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