segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A HUMILDADE E SUBLIMIDADE DO FILHO (9)

“Vim do pai e entrei no mundo, todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (João 16:28).
SEU TRIUNFO: “...todavia deixo o mundo...”
        Nosso Senhor deixou este mundo exatamente no tempo marcado para deixar, conforme a agenda de Deus. Não deixou antes, nem depois desse prazo. Deixou cumprindo com êxito o projeto da eternidade, pois veio e submisso deixou ser seu viver controlado pelo Espírito Santo, até que na cruz se tornasse o objeto do furor da ira de Deus. Foi ali que Deus mesmo executou seu Filho. O que Abraão foi impedido de fazer com Isaque, Deus foi mobilizado em seu amor para cumprir os planos da redenção. Seu cordeiro chegou à cruz e se portou como um cordeiro mudo, a fim de que fosse sacrificado e assado sob o terrível e intenso furor da ira de Deus.
        Então, seu regresso ao céu é o brado de vitória da graça! Deixou para traz um mundo estarrecido e os poderes das trevas agora sentindo de perto o impacto da derrota e da condenação eterna que lhes aguarda no lago de fogo. O Filho não subiu ao céu como um ser humano arrependido e salvo sobe. Os salvos sobem para a eterna mansão sob as asas da conquista do Filho, afinal, ele veio para levar muitos filhos à glória. Sua subida ao céu, entretanto, foi porque cumpriu com êxito sua missão e o próprio Pai o elevou, a fim de exaltá-lo acima de todo nome; a fim de que os inimigos, anjos e homens soubessem que ele agora está pondo tais inimigos debaixo dos seus pés. Não chegou ao céu pedindo desculpas, porque não pode suportar a pressão, porque não resistiu aos terrores. Chegou aclamado pelos anjos como o grande vencedor; chegou deixando no mundo milhões de pecadores salvos entre os gentios e judeus. Assim, no céu e na terra há proclamação das maravilhas da graça diante da impressionante obra redentora do Filho, feita perfeitamente.
        Agora está instalada no céu, para a grande derrocada do império das trevas, as grandes maravilhas da graça. Aqui em baixo, para os que vivem pela fé, eis que as Escrituras bradam essa conquista. Agora os santos se deleitam naquilo que lhes fora entregue. Os santos miram esses registros, eles leem, ouvem e ficam admirados, prostram perante essa verdade e adoram o Senhor, assim como os discípulos o adoraram após a sua ressurreição. Não há lugar para que os santos vivam tristes, se sentindo abandonados, como os dois discípulos de Emaús. Quando seus olhos miram a história da redenção conforme lhes é narrada nas sagradas letras, eles sabem bem que aquilo veio de Deus para eles. Mais do que isso, essas verdades solenes e santas da redenção foram gravadas de forma indelével em seus corações, por isso eles podem dizer aos homens: “Como podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos?”.
        declaro também que nosso Senhor deixou este mundo de forma visível, mas está presente nos crentes de modo invisível, por meio do seu Espírito. Para os santos ele é o mesmo Emanuel: “Deus conosco”. Está presente de forma impressionante, conversando com os seus eleitos, fortalecendo-os, animando seus servos na batalha, admoestando, corrigindo sua igreja na terra e defendendo seu povo contra as perversidades do inimigo. Também, o mundo percebe essa presença que lhe é indesejável, por causa do viver justo dos crentes. Esse aroma tem cheiro de morte, porque eles estão perecendo. Satanás luta intensamente para confundir e perverter ainda mais as mentes sórdidas e incrédulas dos homens. Mas nada pode mudar o fato que o Senhor Jesus está presente sim.
        Finalizo aqui para dizer que ele está presente para conquistar os perdidos. Ele é o evangelista dos evangelistas. Ele ainda tem neste mundo aqueles por quem ele morreu. Ele não os perdeu de vista e no seu tempo, conforme seu poder, ele atrai pecadores para si. E assim é proclamada a glória do grande e glorioso salvador e dessa tão grande salvação.

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