sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (46)



Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração” (verso 11)
         A MANIFESTAÇÃO DA FELICIDADE “Alegrai-vos... regozijai-vos...exultai...”
         Caro leitor estamos vendo nesse salmo como a felicidade cristã é contagiante, preciosa e incrivelmente útil neste mundo. Já pudemos ver como ela se manifesta na poderosa força que só a fé pode ter: “Alegrai-vos no Senhor...”.
         Em seguida vemos que ela evidencia-se em sabedoria: “...regozijai-vos...”. Não é mera felicidade, porquanto ela entra neste mundo para exibir a vida que há no Filho, a vida celestial implantada em corações regenerados. A sabedoria entra para retirar do mundo a insensatez, loucura e terror implantados pelo pecado. A alegria pode transformar-se em regozijo; avança-se de glória em glória, adornando este mundo maligno com as maravilhas da Nova Jerusalém. O mundo é um palco de cortejo fúnebre; é  uma casa assombrada, cheia de vermes, ratos e baratas do mal.
         Tomemos a ordem dada aos santos: “...regozijai-vos...” para que vejamos como isso funciona na prática. A felicidade do crente traz vida onde há luto. Quanta alegria nosso Senhor levou aos lares, aos corações desesperados e cortados pela dor! A felicidade do salvo mostra ao mundo que mesmo as tristezas e sofrimentos causados pelos golpes da morte não superam a força da consolação que domina o ambiente carregado da certeza da ressurreição. O Egito chorou com José pela morte de Jacó (Gênesis 50), mas nada compreendiam da fé que envolvia os corações dos hebreus, como eles fitavam além da morte.
         Por isso a felicidade tão absurda e misteriosa para a mente natural leva vida onde há luto. Certamente foi essa certeza que envolveu o coração de Jó. Deus não lhe devolveu seus filhos, como fez com seus bens, mas deu ao Seu servo outros filhos, porque aqueles que foram tomados pela repentina morte estavam com o Senhor na glória: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos” (Salmo 116:15).
         Vejamos também como a felicidade que habita em corações santificados traz dinamismo onde há fraqueza. De onde uma viúva como Noemi pode arrancar tanta coragem e dinamismo? Como poderia enfrentar sozinha a batalha pela sobrevivência? Não foi a confiança num Deus que vivifica os mortos? Sua coragem abriu fogo contra toda rebeldia, ingratidão e murmuração, conquistou a profunda e inquebrável amizade de Rute, sua nora e partiu para Belém, a fim de levar bênçãos e bênçãos conquistadas pela fé: “Bendize ó minha alma ao Senhor...!”. O regozijo de Paulo e Silas brilhou infinitamente mais do que a tocha acesa pelo carcereiro no lúgubre cárcere de Filipos (Atos 16).
         Digo mais que a felicidade manifestada em regozijo traz vitória onde só há derrota. Foi embasado nisso que Abraão com 400 homens puderam vencer grande exército e libertar seu sobrinho Ló com família (Gênesis 14). Foi assim, tomado da abundante força que Davi venceu a depressão e saiu para vencer o poderoso exército amalequita e resgatar sua família e as famílias de seus soldados, além dos bens (1 Samuel 30). O regozijo superou o medo e fez com que Josafá com toda Jerusalém louvassem a Deus pela vitória antecipada (2 Crônicas 20).
         Posso afirmar ainda que a felicidade traz a verdade num ambiente de mentiras. Os santos de Deus regozijam pela salvação, pela presença do Espírito de Deus neles. Eles regozijam porque foram tirados da morte para vida; dos laços do diabo onde estavam presos, para a verdadeira liberdade dos filhos de Deus. Os santos anunciam essas verdades ao mundo; carregam consigo essas novas que encheram seus corações de santo temor e plena convicção. Elas são as riquezas eternais, as jóias que adornam suas vidas e que estão entesouradas em seus corações.
         Caro leitor, lance fora suas obras e corra para Cristo em busca dessa tão grande e eterna salvação!

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