quarta-feira, 12 de agosto de 2020

SALVOS PARA AS BOAS OBRAS (7)


                               
“Pois somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios  2:10)
A ATUAÇÃO DA GRAÇA NO VIVER DESSE POVO: “... para as boas obras...”
        Por que as boas obras? Por que não fomos salvos e imediatamente levados para nossa cidade santa? Por que não aconteceu conosco, o mesmo que ocorreu com milhares de santos, que após a salvação partiram, deixando esse mundo de uma vez por todas? A resposta aparece no texto acima de Efésios 2:10. Notemos bem que nos imediatos versos que precedem o texto, o povo de Deus é marcado como o povo salvo e destinado aos lugares celestiais. Estando cientes dessa verdade, o que vem ao nosso entendimento é aquilo que Cristo falou em Mateus: “Não se pode esconder a cidade edificada sobre o monte”. Eis aí a cidade santa, o povo de Deus brilhando do Alto como o sol, a fim de iluminar um mundo em escuridão. As boas obras dos salvos são as joias do céu na terra.
        Primeiramente elas refletem a glória de Deus. O alvo de Deus é exibir no mundo as façanhas da glória da Sua graça. Deus está anunciando ao mundo que tudo o que o mundo precisa vem Dele; que toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do Alto e não daqui. Disparadamente, a igreja no mundo é motivo de intenso ódio de satanás. O príncipe das trevas não contava com essa luz. Para Ele o pecado e a morte seriam trevas perpétuas no mundo; ele não contava com a nova criação. A igreja é a criação que jamais será atingida pelos males do pecado, porque é algo do céu na terra. O pecado atingiu o pó terreno, mas não do céu. O pecado veio e aniquilou tudo, trouxe silêncio absoluto e satanás mobiliza os mortos para suas obras mortas.
        Mas o fato é que a igreja é inatingível e intocável pelas mortíferas armas do pecado, da morte, do diabo e de todos os poderes das trevas. A igreja não é geração de um Adão caído, mas sim do Adão perfeito, santo e Justo em todos os aspectos. Por esse fato temos que atentar para essas obras. Elas dizem que os salvos são pessoas vivas e que os não salvos estão mortos. As boas obras testificam que é o Espírito Santo que fortificam os santos na graça, a fim de que operem no mundo para a glória de Deus. As obras feitas pelos não salvos são produtos realizados pelo espírito que opera nos filhos da desobediência. As boas obras transmitem o cheiro perfumado da graça, enquanto as meras obras feitas pelos homens mundanos exalam o cheiro terrível da morte.
        Ora, não podemos esperar melhoras no mundo que aos olhos de Deus não passa de ser um cemitério. Tem como melhorar um ambiente assim? Suas flores são enfeites de mortos; suas músicas anunciam as mentiras; suas obras são marcadas e projetadas para o fogo. Elas não têm duração perpétua: “O mundo passa com suas paixões e concupiscência...”. Como esperar melhoras num ambiente corrupto e corruptível? Podemos melhorar os mortos? Os homens aqui podem aspirar dias melhores, mas o que acontece é que os melhores homens vão se corromper e as maldades em sua profundidade vão aumentar, caso Deus não intervir. Poderá vir dias melhores, de progresso material, mas não de progresso espiritual. A marcha deste mundo prossegue na impiedade, por isso veremos o dia do Senhor sendo desonrado, as famílias sendo destruídas, a crescente ausência de homens piedosos e o avanço de maldades aterrorizantes.
        O mundo pode estar preparado para ser religioso e projetado para os ideais dos homens, mas não de Deus.  Eles vão zombar de Deus e lutarão para destruir os cultos piedosos; tudo farão para se misturar com o povo de Deus e dizer que Deus é pai de todos e assim é este mundo com suas obras, chamadas de “obras mortas”. Que o Senhor nos livre disso e que acompanhemos de perto os santos e eternos planos de Deus para Seu povo na face da terra.

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