sexta-feira, 28 de agosto de 2020

A GRANDE DESCOBERTA (3)


                              
 “...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)
HOUVE UMA AVALIAÇÃO DE TUDO O QUE OUVIRAM.
         A luz brilhou no coração daqueles discípulos e aqueles homens puderam perceber que o Senhor era diferente, que Sua mensagem era franca, sincera, verdadeira e imutável em Seus propósitos. Em nada alterava Sua missão em face da atitude antagônica dos judeus. Mais do que isso, a mensagem era completamente tomada de argumentos eternos, os quais iam infinitamente além das expectativas mundanas. Aqueles judeus eram homens naturais; a compreensão religiosa deles só envolvia com as coisas desta vida, por isso acharam loucas e inaceitáveis a mensagem pregada e ensinada pelo Senhor, não só no capítulo 6, como em todos os Seus discursos.
         Aquela multidão revelou a atitude que sempre tomavam em relação ao Senhor. As coisas espirituais só são entendidas pela administração do Espírito de Deus. As coisas eternas não se harmonizam com coisas passageiras. O sistema mundano vai pensar no pão daqui, na agua que mata a sede física. Mas as coisas eternas dominam sobre tudo o que é desta natureza passageira; as coisas espirituais dominam as coisas naturais, porque estas vieram daquelas. Para aqueles judeus o sistema da lei prevalecia, porque viam a letra da lei e não o espírito; viam as sombras, mas eram cegos, pois não viam a realidade das coisas. Queriam um profeta especial que trouxesse melhoras para Israel, e não sabia que perante eles estava o perfeito profeta – o próprio Deus com a mensagem celestial para eles. Examinemos um pouco mais os desejos que ocupavam o coração daquele povo que estava cercado dessa auréola de bênçãos, mas que a rejeitou de forma abrupta.
         Eles queriam palavras que redundassem em bênçãos terrenas, como o caso dos pães. Seus pais no deserto rejeitaram o maná, mas agora estava perante eles o próprio pão da vida, mas eles trataram o Senhor da pior forma. No deserto abominaram o pão dos anjos, mas agora, queriam realmente fulminar e extinguir o a excelência da provisão que dá vida eterna. Várias foram as vezes que ousaram não só a desafiar o Senhor, como também assassiná-Lo e ali na cruz tomaram todos os seus pavorosos armamentos do coração, a fim de atingir o Senhor. O próprio Senhor Jesus, na terrível experiência na cruz falou deles no Salmo 22, como touros, leões, feras terríveis vindos sobre Ele.
         É triste ver o que aconteceu com os judeus. Eles eram altamente privilegiados com as excelências das revelações de Deus; os oráculos divinos foram transmitidos por homens daquela nação; o Verbo divino desceu do céu e como homem pisou o solo da Judéia; os mais extraordinários milagres ocorreram entre eles; os fatos mais poderosos feitos pelos heróis da fé aconteceram através de homens judeus; a mensagem do evangelho foi entregue primeiramente a eles e muito mais. Mas foram rebeldes, obstinados e resistentes ao Espírito Santo. Não importa se eram homens naturais, isso não era desculpa, porque tiveram oportunidades incríveis, jamais concedidas aos outros povos, mas se ensurdeceram e recusaram ouvir as palavras vindas diretamente do próprio Verbo encarnado.

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