quarta-feira, 19 de agosto de 2020

SALVOS PARA AS BOAS OBRAS (11)


                              
“Pois somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios  2:10)
A ORIGEM DAS BOAS OBRAS:     “... as quais Deus, de antemão preparou para que andássemos nelas”
        Chego à parte final dessa mensagem e vemos como as lições vão brilhando mais e mais, trazendo suas lições eternas, vindas da soberana atuação da graça. Quão incríveis são as maravilhas da graça! De início sabemos que nada de bom pode vir da natureza humana; nada podemos realizar dessas obras da graça, porque de nós mesmo nada brota, senão as maldades e perversões advindas do pecado. Se toda boa obra e todo dom perfeito vem do Alto, então é fato que toda má obra e dons imperfeitos vêm do homem caído em Adão. Assim, não há qualquer razão para que os crentes em Cristo venham gloriar neles mesmos. Se esperarmos dos filhos de Adão qualquer coisa boa, que agrade a Deus e que traga benefício ao mundo, certamente ficaremos cercados de decepções.
        O que aprendemos das boas obras é que elas foram preparadas de antemão para que andássemos nelas. Impressionante verdade! Notemos que antes de cada crente existir Deus mesmo preparou o caminho santo, glorioso, belo, justo e perfeito, para que eles pudessem trilhar esse caminho. O leitor atento pode observar bem que as boas obras é o nome do caminho pelo qual os santos trilham por ele. Outra lição que brilha como luz celestial é o fato que, sendo um caminho pelo qual os crentes andam, boas obras é um assunto inerentemente prático. Não são meras palavras, mas sim fatos que aparecem no viver do crente.
        Outro detalhe que desponta perante nossos olhos é o fato que é algo só para os crentes. Até parece redundância, mas o fato é que estou sendo enfático em afirmar que é preciso ter a vida que há no Filho. Tentemos por um ímpio nesse caminho e veremos que ele não consegue andar ali. Ele não pertence à classe da nova criação em Cristo. Ele não tem consigo a estrutura espiritual, não nasceu na família de Deus, por isso não consegue mover-se para cima. Ele não tem a fé que faz a alma vê o que está além do véu e também não participa da faculdade da graça cujas lições eternas foram preparadas somente para os salvos.
        Como podemos explicar esse preparo de antemão? Realmente são lições profundas e penetram além do tempo, nos guiando até à eternidade. Se quisermos ver a lógica divina em Suas obras graciosas temos que entrar no assunto da predestinação. Se quisermos saber do povo escolhido devemos entender a eleição, mas se quisermos saber do que envolve o viver do crente em todos os detalhes, certamente devemos entender o assunto sobre predestinação. Em Cristo os crentes foram escolhidos para serem salvos, livres do inferno e para serem herdeiros de Deus no céu. Na predestinação os salvos têm toda sua vida pré-programada.
        Notemos bem que quanto aos não salvos não há predestinação. Os vasos da ira foram destinados à perdição. Predestinação é assunto que envolve a vida de cada crente, onde nasceu, quando nasceu, que sexo, família, vida social, quantos anos viveria aqui, etc. Percebe-se que predestinação ensina que não temos controle sobre nossas vidas e existência.
        Sem querer aprofundar muito no assunto, devemos entender que a vida de cada crente tem como base “em Cristo”. Cristo é o perfeito modelo das boas obras e Ele mesmo veio preparar o caminho para que nós pudéssemos andar Nele. Na eleição nós Nele, na predestinação, Ele em nós. Nas boas obras vemos as virtudes eternas de Cristo nos salvos, vemos Seu viver transparecendo em cada crente; vemos o mundo presenciando que Cristo está vivo e que os santos transmitem Sua vida. Que privilégio que a graça nos outorgou!

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