sexta-feira, 21 de agosto de 2020

SALVOS PARA AS BOAS OBRAS (12 de 13)



“Pois somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios  2:10)
A ORIGEM DAS BOAS OBRAS:     “... as quais Deus, de antemão preparou para que andássemos nelas”

        Analisemos um pouco mais o que significa “...as quais Deus, de antemão preparou...”. Na página anterior procurei mostrar o quanto essa verdade é vista na predestinação. Aliás, esse é talvez o tema sobre o qual é mais discutido em nossos dias. Mas reafirmo aqui que a predestinação explica tudo, porquanto tudo o que se refere à vida do crente em Cristo já foi planejada de antemão. Noutras palavras, tudo o que se referia à vida dos eleitos, em todos os detalhes Deus já planejou. Isso para mim é particularmente maravilhoso. Encaremos isso na lógica da graça, porque se toda boa obra está ligada ao nosso viver em Cristo, então é certo que tudo foi planejado de antemão no próprio Filho.
        Notemos bem que não foram preparados de antemão nossos atos pecaminosos, pois todos eles já estavam embutidos em Adão, ali na queda. Não se esperam atos em Cristo daqueles que não estão Nele. Os que vivem no pecado e vão para o castigo eterno não foram predestinados para isso, mas sim destinados. Lembremos bem que não foi Deus o autor da destinação, mas sim da predestinação. A destinação foi obra da nossa voluntária queda e as obras no pecado provam esse fato constantemente. Então, jamais culpemos Deus por nossos malignos atos, pois de Suas santas mãos jamais sairão maldades; pureza, santidade e justiça emanam das palavras do Deus que falou e tudo veio a existir. Os homens no pecado nunca tiveram, não têm e jamais terão qualquer base para acusar Deus de qualquer ato de maldade.
        Visto que estou tratando das boas obras, preciso retornar ao assunto. Elas funcionam de tal maneira que retornem em benefícios eternos. As boas obras dos salvos, visto que elas vieram da eternidade, então têm valores para a eternidade. Deus vê as obras dos salvos como motivo de adoração, como ações de graças e glórias somente e tão somente a Ele. As boas obras dos salvos são os únicos elementos que funcionam de fato para o bem das pessoas ao nosso derredor. São as boas obras que funcionam como luz para o mundo em trevas e como sal para um mundo apodrecido no pecado. Sem as boas obras as atividades mundanas evocam o juízo de Deus. Com as boas obras a presença graciosa e misericordiosa é mantida no mundo às vezes por muito tempo.
        As boas obras são as excelências que aparecem do heroísmo dos crentes. Elas nem sempre são vistos pelo mundo, mas o que importa é que Deus as vê. Milhares de santos que passaram por este mundo partiram para o céu sem que fossem notados aqui, mas seus atos ficaram marcados para serem vistas na eternidade. Muitos santos funcionam ocultamente, enquanto outros aparecem mais. Isso não importa, porque a glória será destinada sempre a Deus. Uma lâmpada pode brilhar, mas para isso têm os elementos que levam a energia até a lâmpada. Uma torneira é vista pelo fato que dela sai agua, mas são ignorados os canos que transportam agua até ela. Os atos dos santos são recebidos por Deus e guardados para a ocasião própria.
        Os santos, somente os atos deles têm valor que dura para sempre, porque refletem os atos puros e santos de Cristo. E isso é tanto significado que o próprio Deus compara esses atos usando a figura de linho fino, expondo sua brancura (Apocalipse 19). Que o Senhor venha encher o coração do Seu povo de alegria e prazer nessas verdades eternamente preciosas. Os crentes foram salvos mediante a excelência da boa obra de Cristo na cruz, a fim de que agora todos eles façam brilhar suas vidas neste mundo, honrando ao Senhor enquanto aqui viver, até que sejam levados para brilhar pela eternidade na glória celestial.

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