“Levantar-me-ei,
pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha
alma. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei:
Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha
alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa
de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).
INTENSIFICANDO A BUSCA: “...levantar-me-ei, pois, e...”
Caro
leitor estamos presenciando o esforço incomum da mulher na busca singular pelo
Amado de sua alma. Ela foi pela sociedade, no meio dos parentes, amigos e
família, mas não O achou. Mas a sua busca não paralisou ante as primeiras
decepções. Imediatamente ela ignorou tudo e prosseguiu para a grande
descoberta. Ela, então procurou informações com os guardas que rondavam a
cidade. Estamos diante de uma lição impressionante a respeito daqueles que
buscam a verdade de todo coração. A conversão é baseada em fatos bíblicos,
porquanto caminho para o céu é nitidamente claro. O evangelho nada deixa de
obscuridade, são fatos simples e claros de uma tão grande salvação e são
dirigidos aos que têm ouvidos para ouvir. Ao percorrer o caminho iluminado que
vai em direção à cruz, o pecador que anseia a salvação tem profundo
discernimento daquilo que ouve e busca. Não tem libertação na mentira, mas sim
na verdade (João 8:32).
Após
ter rodeado a cidade em busca do Amado é dito que ela não achou. Então ela
persistiu saindo à noite e perguntando aos guardas que rondavam a cidade. Na
meditação anterior pude mostrar como os guardas revelam a confiança que o mundo
tem nos fortes, nos cultos e nos ricos. Foi isso o que Paulo mostrou para a
igreja de Corinto: “Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo
a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados” (1Coríntios 1:26). O mundo
deposita sua confiança naquilo que Paulo apresenta para os orgulhosos corintos:
Sabedoria, poder e nobreza. Essas coisas representam os guardas que rondam e protegem este mundo.
Quando a alma está em busca da verdade,
ela investiga esses guardas. Pensemos na sabedoria deste mundo. Por acaso o
mundo com toda sua pompa e orgulho de conhecimentos tem algo que dê resposta a
uma alma com sede da verdade? Jamais! Os maiores intelectuais deste mundo, os
grandes cientistas têm mostrado que “inculcando-se
por sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1:22). O mundo sempre foi assim, mudando sempre seus
conceitos filosóficos e psicológicos. No decorrer dos séculos este mundo tem
procurado mostrar a verdade e tem fracassado. É diante de seus livros e em suas
pesquisas que eles têm dado as costas para a verdade bíblica. Não podem nem
querem tolerar a linguagem simples, clara e inequívoca da Palavra de Deus,
porque ela foi dirigida a homens e mulheres simples, cujos olhos e ouvidos
foram abertos por Deus para conhecer as maravilhas oriundas da cruz.
Em nossos dias o ataque à verdade tem
partido especialmente de intelectuais “evangélicos”. São eles que têm duvidado
da autenticidade das escrituras e da fé segura e absoluta que pertence ao povo
eleito (Tito 1:1). O caminho pelo qual somente a fé pode percorrer não pode ser
tolerado por aqueles que querem abrir um caminho melhor para o mundo chegar a Deus.
Aquilo que parece reluzir como ouro, não passa de bijuteria para a alma que
repousa na suficiência das Escrituras. O livro de Deus é suficiente para a fé
que luta em busca do Amado salvador. Esses guardas mundanos nada têm para
satisfazer a sede de uma alma sedenta pela verdade, como diz o autor de um
antigo hino:
Vim a Jesus e me prostrei, às águas e bebi
Jamais
a sede sentirei estando sempre aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário