quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

AS MARAVILHAS DA RESSURREIÇÃO (9 de 24)




                            :“...e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44)
A GLORIOSA OBRA DA RESSURREIÇÃO VISTA NOS SALVOS:
         Caro leitor, ao tratar acerca do cenário tão sombrio deste mundo sei que não tratei de tudo, porquanto o assunto não somente é vasto, como também sei que sou incapaz e tão limitado para mostrar a amplitude desse império onde o pecado e a morte dominam. Por outro lado creio que não preciso avançar tanto, pois habitamos aqui e sabemos o que realmente significa a miséria do pecado em nossa própria experiência.
         A partir de agora devemos ver os encantos da maravilhosa obra da ressurreição. O que Cristo fez nos proporciona é exatamente aquilo que todos nós precisamos saber, pois tem o efeito contrário daquilo que o pecado trouxe. Mas sei, contudo, que esse cenário de luz e maravilhas eternas e perfeitas conquistadas por Cristo certamente não podem ser vistas pela incredulidade; milhares neste mundo estão cegos pelo pai da mentira; milhares nada enxergam, senão aquilo que o mundo lhes oferece e que logo é dissipado com o tempo e com a chegada da morte eterna. Mas importa que levemos essas verdades a todos, pois o Deus de compaixão ainda está em atuação; Ele, somente Ele é capaz de fazer os cegos enxergarem; de mostrar ao mundo o quanto até mesmo a incredulidade mórbida depende inteiramente dessas maravilhas para aqui respirar e viver.
         Caro leitor precisamos saber que a salvação outorgada por Cristo aos pecadores convertidos é mais do que a bênção de morar no céu. Deus deixou um povo aqui e esse povo é o POVO DA RESSURREIÇÃO; esse povo mostra os sinais da graça, da bondade, da justiça e do amor eterno neste mundo; esse povo é a nação santa que peregrina no meio das nações e representa aqui uma pequena parcela das maravilhas da Nova Jerusalém; esse povo traz consigo exatamente o oposto daquilo que o pecado trouxe ao mundo – a morte; eles trazem consigo as maravilhas eternas da ressurreição, mesmo que ainda não ressuscitaram. O fato é que eles foram salvos e a vida do Filho está neles e essas verdades são de incrível importância. Ó que o Senhor me conceda Sua graça para apresentar essas verdades a todos os meus leitores! Quanto almejo que os santos sejam fortalecidos! Quanto almejo que eles vejam como suas vidas são de valor inimaginável neste mundo, caso andem de acordo com os princípios eternos.
         A primeira lição que desponta perante nossos olhos no que tange às maravilhas da ressurreição é o fato que a ressurreição desfez o poder da morte. O que nosso Senhor fez foi dar um golpe certeiro para anular completamente o poder dessa “leoa faminta”. Quando Paulo trata sobre esse assunto em 1 Coríntios 15 ele faz a pergunta retórica: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” O que isso significa? Ele, o Rei da glória foi sozinho até à cruz e ali enfrentou a morte e matou a própria morte com a experiência da morte em seu corpo. O mundo não pode e jamais poderá entender os mistérios da cruz, porquanto o mundo vê aquilo que a mente natural recebe e entende. O mundo não vê vitória na morte; não vê conquista em alguém que está morto. O que o mundo inteiro viu na cruz foi exatamente aquilo que queria ver e que pode celebrar a derrota do justo e assim tratá-lo como um mero defunto e como um coitado. A verdadeira guerra estava oculta dos olhos carnais de um Pôncio Pilatos, de um Herodes, dos religiosos de Israel e de todo ajuntamento blasfemo. O mundo viu na cruz o que todos veem quando um homem qualquer morre.
         Mas, o que ali ocorreu foi a batalha enfrentada pelo Autor da vida e contra Ele a morte nada poderia fazer. Ele sozinho foi onde nem Pedro, nem Paulo, nem Maria nem qualquer outro poderia entrar. Foi o portentoso Senhor, o Deus forte que enfrentou a rainha dos terrores e ali a venceu e arrancou-lhe seu instrumento de trabalho – o aguilhão. Tudo isso foi feito para marcar o fim do reinado do pecado, do diabo, da morte e do inferno, a fim de que o povo eleito  pudesse escapar do eterno sofrimento.

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