quinta-feira, 31 de outubro de 2013

DESCOBRINDO A FALSA PAZ DO ÍMPIO (3)




         Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Isaías 57:20,21)
AVALIANDO A PAZ QUE AGORA TEM.
         Caro leitor, ó quanto esse verso revela a condição do ímpio em seu coração! O Senhor Deus que conhece o íntimo do homem afirma categoricamente: “...Para o ímpio...não há paz”. Continuemos avaliando a falsa paz que o ímpio tenta produzir por fora; examinemos bem, porquanto sua tentativa é forjar uma paz. Sua soberba é mantida encoberta, mas por fora ele se esmera em produzir algo que parece estar numa atitude pacífica. Ele tenta construir uma muralha em torno do seu viver, porquanto ousa manter-se oculto; ele quer que seu arsenal de guerra contra Deus fique escondido; ele luta desesperadamente para que seus amigos secretos, seus ídolos, verdadeiros inimigos de Deus sejam preservados no íntimo, por essa razão trabalha por fora, não somente erigindo essa muralha contra Deus e contra a verdade de Deus, como também pintando-a de vivas cores de uma religiosidade externa. Mas a verdade é vista no íntimo por aquele que requer a verdade na alma, no coração (Salmo 51:6).
         Portanto, meu trabalho nesse verso é tomar essa frase tão peremptória da parte do Deus que não pode mentir, a fim de mostrar que todo esforço do ímpio em seu orgulho resultará em mais aflição e endurecimento do seu coração contra Deus e contra a verdade revelada. Não há um lugar melhor para o ímpio encontrar material tão disponível à carne do que numa religião. Se for um ambiente onde o humanismo é forte; onde a Palavra de Deus não é pregada como deve, uma religião torna-se um recanto para que o ímpio encontre aquilo que precisa, a fim de erigir a falsa paz. O ímpio sempre está correndo de Deus, por isso buscará refúgio em lugares tão almejados, assim como Israel buscava força nos carros e nos cavaleiros do Egito (Isaías 30:1-3). Neste mundo carregado de munições do engano e da mentira, nunca faltam lugares assim; homens e mulheres têm neste mundo lugares onde possam buscar refúgio e ombros onde eles podem encostar e chorar. Neste mundo sempre haverá vozes lisonjeadores que chegam para fortalecer os ímpios em suas maldades, a fim de mantê-los ocultos por dentro, mas bem disfarçados por fora.
         Nunca houve uma ocasião tão favorável para os ímpios como agora, num mundo tão adornado de mentiras religiosas. É nesse lugar tão encantador e tão sonhado pelos corações corrompidos que homens e mulheres encontram um lugar para dormir o sono sossegado, assim como o rei Acabe sentia confortado em seus atos malignos, porquanto tinha sua vida e seu reino blindados por um exército de falsos profetas (1 Reis 22). Os enganadores das almas são como altos montes, onde aves de rapinas fazem seus ninhos e reproduzem suas perversidades.
         Ó quantos estão assim! Quantos conseguem bem contornar a situação de suas almas com peripécias religiosas! Quantos conseguem manter em pé e resistir o Senhor, apenas com palavras belas, lindos e atraentes versículos bíblicos e atraentes manifestações de louvores. Ó quão sério parece ser! Ó quanto é dedicado! Não foi assim o rei Joás? (2 Crônicas 24). Parecia tão zeloso, dedicado e consagrado em conservar bela a casa de Deus em Jerusalém, até que na ocasião própria revelou as maldades ocultadas em seu coração tão perverso. Enganoso é o coração! (Jeremias 17:9).
         Ó meu amigo, será que você está usando a religiosidade externa a fim de ocultar seus conflitos no íntimo? Será que você está buscando numa religião uma zona de conforto, quando no íntimo você está em plena guerra contra Deus? Você sabe bem o quanto ama seus pecados, por isso foge da reconciliação com Deus mediante o sangue do Cordeiro. Mas, quanto engano! Os olhos do Senhor estão em todo lugar; não importa o esconderijo, sem salvação você se acha debaixo da Ira de Deus. Saia do seu lugar, deponha suas armas e renda-se ao Senhor! Apodere-se da força do amor e da misericórdia, a fim de obter a reconciliação mediante o sacrifício feito na cruz!
        
                  

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