quarta-feira, 30 de outubro de 2013

DESCOBRINDO A FALSA PAZ DO ÍMPIO (2)




         Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Isaías 57:20,21)
AVALIANDO A PAZ QUE AGORA TEM.
         Caro leitor pretendo usar a palavra de Deus para sondar seus coração. Você já está usufruindo a “paz com Deus?” Não estarei aqui a sondar se você tem a paz com seus amigos, a paz com seu cônjuge, a paz com você mesmo, porque nada disso terá qualquer valor perante Deus. O que importa mesmo é se a paz com Deus mediante o sangue de Cristo está regendo seu coração agora. Não quero saber o quanto você deu de dízimo; nem quero considerar qualquer atividade que você faz na área religiosa, ou mesmo se leu muito a bíblia nessa semana, ou se foi fervoroso em suas orações. O que importa agora é se você está desfrutando dia após dia, de segunda a segunda, momento após momento dessa paz incrível – a paz com Deus.
         Considerando o que o Senhor afirma no texto: “...Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” é meu dever tomar a Palavra de Deus a fim de examinar os corações, porquanto é importante saber se a paz que o individuo afirma ter no íntimo é a verdadeira paz resultante da salvação eterna. A Palavra de Deus é a Palavra da verdade, por isso o coração do homem não pode ficar na escuridão; não pode haver pouca luminosidade espiritual. O evangelho da glória de Cristo brilha com fulgor e a verdade chega para descobrir os reais perigos que envolvem a alma enganada. Será que os pecadores podem curtir a vida neste mundo debaixo de um sentimento vão? Será que homens e mulheres podem estar descansando de que estão vivendo em paz com Deus, sem saber que estão indo para a perdição eterna?
         Ora, os judeus raciocinavam assim, pois pensavam que estavam superprotegidos e assegurados por sua religião judaica; que após a morte estariam para sempre no Paraíso celestial com Abraão Isaque e Jacó, até que Cristo veio com a verdade eternal e gloriosa para por um ponto final naquele descanso tão soberbo e letal (João 8). Minha esperança é que o Senhor tome estas palavras a fim de que leitores e mais leitores de todas as partes deste mundo possam conhecer a sublime verdade da redenção pelo sangue. Homens e mulheres devem entender que somente e tão somente aqueles que tiveram suas iniquidades perdoadas e seus pecados cobertos são os bem – aventurados (Salmo 32:1).
         Dou início a essas descobertas afirmando que a paz é falsa quando ela é momentânea, como um fogo de palha. Ela aparece quando a pessoa está tentando forjar uma paz. A alma agitada consegue assegurar essa paz momentânea, levando-a a sentir tão bem, empolgada, alegre, satisfeito e curtindo a presença da divindade em sua vida. Mas essa paz não tem uma estrutura inabalável, não é feita do aço celeste. Não passa de ser algo que brilha no momento e sua luz logo irá apagar.
         O próprio fato de que a pessoa está presente num culto ou numa missa pode encobrir a situação de sua alma. Funciona como droga, porque tem um efeito incrível, mas passageiro. Essa paz eleva a pessoa a bons sentimentos de justiça, porquanto ela tem no íntimo a ilusão de que está realmente agradando a Deus. Seu culto é tipo um sacrifício pacífico, numa aliança íntima com uma divindade cuja ira precisa ser apaziguada.
         Caro leitor, quão perigosa e sutil é essa paz! Ela não tem origem em Deus, mas sim no homem, portanto ela é corrompida. O fundamento dessa paz parece ser firme e resistente, mas o indivíduo não percebe que não suporta a pressão da ira de Deus, nem o peso terrível do pecado num coração culpado. Essa paz é perturbadora e instiga a alma a voltar; a alma está aprisionada e algemada e precisa retornar continuamente ao ritual solene. Essa paz não lhe dá poder para subir às alturas da graça e alegria. Ela sobe um pouco, mas logo deve retornar na busca por aquilo que tanto precisa. A alma está aflita, perturbada, porque ainda está em guerra contra Deus e não há outro reconciliador a não ser aquele que na cruz se entregou, a fim de levar pecadores à salvação e à eterna reconciliação com Deus.

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