“Se
porém, andarmos na luz como Ele na luz está temos comunhão uns com os outros, e
o sangue de Jesus, Seu Filho nos purifica de todo pecado” (1 JOÃO 1:7)
É UMA VERDADE DETERMINA PELO DEUS ETERNO:
Caro
leitor, eu sei o quanto é importante que o ensino prático da Palavra de Deus
precisa ter como base o elemento doutrinário. Sem mostrar o sólido alicerce
eterno da graça de Deus todo ensino tende a fracassar, porque normalmente entram
as manipulações humanas. A doutrina da redenção pelo sangue tem sido ofuscada
por perigosos ensinos, os quais contradizem a graça soberana e anulam o
trabalho da cruz. Um exemplo popular é o ensino sobre o livre-arbítrio, da
necessidade da participação do homem na salvação. Esse tem sido o ensino
divulgado por muitos anos e seus resultados têm sido desastrosos para a causa
da verdade. Hoje vemos como tem sido tão forte o humanismo e assim tirado a
glória de Deus em Sua soberana obra de salvação.
Mas a
verdade é que o evangelho tem uma história eterna, pois foi formulado por Deus
e não pelo homem. O evangelho exalta um Deus que não divide Sua glória com
ninguém (Isaías 42:8); qualquer elemento estranho torna a mensagem deturpada e
amaldiçoada. Então, importa que sejamos meticulosos ao examinar essas coisas, a
fim de que não caiamos em erros abomináveis, como vemos ocorrendo em nossos
dias. Caro leitor, Deus nos chama a conhecer Seus mistérios ocultos em Cristo;
eles são mostrados aos santos e não aos que são cultos ou poderosos. Os
mistérios de Deus estão à disposição daqueles que foram chamados e que agora veem
da fé. Um simples apóstolo como Pedro foi usado pelo Espírito Santo para nos
mostrar o que ocorreu na eternidade: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai,
em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus
Cristo...” (1 Pedro 1:2). Esse é um verso incrivelmente revelador,
porque mostra que a salvação foi formulada por Deus na eternidade e que tem seu
sistema organizado, pois segue uma cadeia de comando.
Notemos,
pois como foi ordenada a obra de salvação. Primeiramente vemos Deus, o Pai é
Aquele determina tudo; que a eleição foi Dele e é a vontade Dele que está em
execução. O termo mais importante disso tudo é a palavra “segundo”, pois ela
mostra que até mesmo as outras Pessoas da divindade agem subordinadas à essa
vontade soberana. Não há decisão aleatória; não há decisão particular de cada
pessoa fazendo o que quer. Ora, nosso Senhor sempre mostrou a soberana vontade
de Deus o Pai. Vemos isso em diversas passagens no Novo Testamento e vemos essa
organização de unidade santa nos livros proféticos do Velho Testamento. No Novo
Testamento eis como Jesus exalta a vontade soberana de uma Pessoa da divindade:
“Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7:21). Também vemos essa verdade de forma
notável no livro de João: “Todo aquele que o Pai me dá...”
(João 6:37). Note bem que nosso Senhor jamais atropela o ensino; que jamais Ele
mostra que Seu trabalho é feito sem qualquer base. Notemos bem que Ele está
subordinado à uma decisão suprema: “Porque eu desci do céu, não para fazer a
minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou” (João
6:38).
Caro leitor
dei apenas alguns versos, mas creio que eles são suficientes para mostrar como
brilha a glória do Deus soberana nessa salvação. Tiremos nossos olhos dos
homens! Entremos no santuário para que com temor miremos a glória desse
Salvador bendito. A história da cruz não foi um plano B da parte de Deus, visto
que Seu plano A não deu certo. A mensagem da cruz tem um fio invisível ligado
desde a eternidade. Ó, quão perigoso é afastar desse ensino! Os homens
realmente são postos no pó; são levados ao desespero. Mas isso é salutar. Todos
os homens precisam saber que são pedacinhos de barro seco e que somente o
grande Oleiro pode quebrá-los e fazer deles vasos úteis para Sua glória!
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