quinta-feira, 30 de agosto de 2018

A FÉ QUE VEM DE DEUS (3)



“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10)
CRISTO À PROCURA DA GENUÍNA FÉ.
        Dando continuidade ao assunto devemos lembrar que a multidão dos judeus ignorava o propósito da missão do Senhor. Isso acontecia porque mesmo sendo eles severos religiosos, no entanto eram espiritualmente; conheciam as letras do Velho Testamento, mas desconheciam o espírito dessas letras inspiradas, assim como os homens naturais tratam as Escrituras em todos os lugares e trataram em todas as épocas. O que eles normalmente faziam era carregar seus preconceitos religiosos e se apegavam a qualquer candeia humana, como fizeram com Abraão, Moisés, João Batista e outros. Sem esse discernimento espiritual que é de vital importância à vida cristã, não há lugar para o exercício da fé verdadeira que vem de Deus.
        Os homens entregues a si mesmos são espertos em fabricar sua própria maneira de crê em Deus e com essa fé vinda deles mesmos conseguem enfrentar mensageiros e mensagens vindos de Deus. Não foi com essa atitude que a multidão enfrentou Jeremias? Mesmos após a tragédia ocorrida com a população em Jerusalém com mortes e desterros, a população mais pobre de Jerusalém resistiu o profeta, mostrando que de fato eles prestavam honras e adoração à famosa “Rainha do céu” (Jeremias 44). Foi por acaso diferente nos dias do Senhor? Claro que não! Ele enfrentou as mais ferrenhas e perigosas oposições dos judeus, assim que abria sua boca para proferir a verdade a Seu respeito, como vemos em João 6 e 8. Mas nosso Senhor sempre provou por Suas obras quem Ele era, de onde vinha e que era Ele mesmo Aquele que Deus havia prometido em todo Velho Testamento.
        Por isso, aquele encontro com Zaqueu deveria ser motivo de festa para os judeus, mas não foi. Pelo contrário, foi motivo de ódio, zombaria e desprezo. A multidão ignorante preferiu ficar em sua zona de um perigoso zelo religioso, ao invés de sondar a verdade. Em Romanos Paulo afirmou que eles eram zelosos por Deus, mas sem qualquer entendimento e esse tipo de zelo de nada vale, porque é um sacrifício sem misericórdia. Não foi isso com Jonas? Por essa razão Deus lhe deu uma lição do que significa os atos compassivos Dele em favor do povo Ninivita. Para um mundo cruel e digno das punições divinas só restavam os atos misericordiosos de Deus, não importando se era judeu ou gentio, pois todos estavam e estão debaixo do pecado (Romanos 3:9).
        O que o Senhor faz em relação aos homens que Ele há de salvar? Ele procurou e procura a fé genuína. Foi assim com Zaqueu, bem como ocorreu com Jacó, Abraão e outros milhares que foram salvos. Eles são os pecadores por quem Ele morreu. Na obra da salvação há uma conexão entre a graça e a fé. Da parte de Deus vemos Sua graça, enquanto que da parte do homem vemos a fé. Quando a fé é implantada no peito por obra do Espírito Santo, eis que logo esse poderoso encontro ocorre. Quando a fé não é verdadeira ela funciona como um avião que sobrevoa sem achar um campo de pouso; funciona como um navio à deriva e preste a naufragar. A graça chama a fé e a fé ouve o chamado da graça e assim ocorre um enlace de amor eterno que jamais será desmanchado.
        Que incrível obra do Senhor no meio dos homens! Não há algo mais impactante do que uma atuação de fé que busca a salvação em Cristo. Significa que é Deus quem está atuando no meio dos homens, chamando pecadores ao arrependimento. A obra do evangelho é do próprio Deus! Foi assim que nosso Senhor marcou esse encontro entre Ele e Zaqueu; foi ali debaixo daquele sicômoro que a graça chamou e a fé simplesmente aceitou; foi naquele dia na casa do solitário Zaqueu que houve salvação e um dos filhos na fé de Abraão pode entrar para sempre no reino de Deus.

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