quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

CARECEM DA GLÓRIA DE DEUS (6)

                      

Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” Romanos 3:23

ESTÁ SEPARADO DA GLÓRIA ETERNA DE DEUS.

        Quão triste é condição do homem no pecado, pois se tornou um pobre escravo à serviço do mal aqui e depois parte para as prisões eternas. Foi essa a mensagem que Cristo deu aos judeus, dizendo que eles eram escravos do pecado e que por serem escravos estavam destinados a deixar a casa: “O escravo não fica na casa para sempre”. Aquele que foi feito para ser o principal, a maravilha da criação, agora não passa de ser um marcado para deixar este mundo e partir sem deixar saudades. A criação que enxotá-lo daqui; o próprio satanás quer eliminá-los, após usá-lo em seus nefandos propósitos; não tem qualquer acesso ao paraíso de Deus, pois se tornou odioso aos olhos de Deus e maduro para a ceifa da ira.

         Também, no pecado o pecador se limita à porta de entrada e de saída desta jornada transitória. Ó, quão terrível é o efeito do pecado! Quão desastroso foi ser tirado da condição de vislumbrar a glória de Deus! Tem algo mais amaldiçoante do que isso? Cada milésimo da criação está marcado pela glória do criador e essa criatura tão vil e imbecil ficou de fora. O que pode o homem contemplar? Em seu acesso a este mundo é mais um estranho, cuja entrada aqui tem em vista mirar um mundo desprovido da glória de Deus. Ele há de respirar o ar de uma Sodoma podre no pecado; ele não mirará nada, além do sol e de um mundo marcado por sofrimento, luta, canseira e trabalho, a fim de escapar da morte: “Trabalharás, e com o suor do teu rosto comerás o teu pão”.

        Mesmo envolvido pelo tempo que o arrastará para a imprevisível morte, o pobre pecador não perceberá os perigos. Sem a glória de Deus não há evidências de juízo, assim como não há evidências para ele da bondade, misericórdia e do amor de Deus. Tudo o que o homem quer no pecado é seguir seu destino, pois há um mundo à frente, cheio de doces promessas. As ilusões criadas por Caim não foram embora, elas estão presentes e dominam mente, emoções e a totalidade do corpo do pobre pecador. Sem contemplar a glória de Deus não há como perceber as coisas realmente elas são.

        Em lugar da glória de Deus entrou a vanglória do pecado, ao criar um fascinante mundo, o qual chama a atenção da carne, dos olhos e que promete encher a vida de sonhos e fantasias de que tudo vai melhorar à frente. A própria glória de Deus será algo estranho e ele não perceberá o quanto a vida é inútil sem ela. A vida será encarada com razões sem base e sem discernimento eterno. Toda sabedoria do homem natural é encarada com aquilo que é temporário e que com o tempo será transformado em nulidade. Também, Deus fez toda criação tendo a sabedoria como a engenheira, por assim dizer (Provérbios 8). O pecado anulou a visão dessas coisas, de tal maneira que o modo de vida do homem no pecado é um envolvimento com perigos letais.

        Sem a glória de Deus nada, absolutamente nada dará certo no sentido eterno e temporário. O sucesso nesta vida depende da maneira como nós somos encaminhados por um Guia sábio e competente (Salmo 32). A glória de Deus está infinitamente acima de tudo o que é podemos vislumbrar nessa vida que logo se desfaz pela morte. Toda criação, o sol, a chuva, o ar, etc. tudo depende da glória do grande Criador. Notemos que Saulo de Tarso viu uma luz mais resplandecente do que a luz do sol ao meio dia. E o que aconteceu com Saulo? Caiu cego. Então, sem a glória de Deus o homem está lutando na vida contra os aguilhões da lei. O alvo da criação é a glória de Deus e não a criação em si mesma. Ela é vista pelo homem no pecado como um tipo de divindade e a glória normalmente é passada para ela pelo pecador. Sem a glória de Deus o homem irá adorar a criatura em lugar daquele que é Bendito eternamente. Tudo no pecado é invertido; tudo no pecado é virado pelo avesso, em lugar da justiça reinará a injustiça, a mentira em lugar da verdade, as trevas em lugar da luz e enfim tudo será vivenciado assim num mundo que jaz no maligno.


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