quarta-feira, 18 de julho de 2012

ENRIQUECENDO-SE COM A BÍBLIA ( 9) Pink


5. O indivíduo que tira proveito das Escrituras tem uma Confiança crescente em Cristo.
Há,"Pequena fé" (Mateus 14:31), E também há: "Grande fé" (Mateus 8:10). Há também a, "Plena certeza de fé", Hebreus 10:22, Como há também o confiar no Senhor de todo o "coração", conforme se vê em Provérbios 3:5. Assim como há o crescimento que vai, "... De força em força...". (Salmo 84:7),
Assim também lemos em subir "... De fé em fé...". (Romanos 1:17). Quanto mais forte, e mais constante for a nossa fé, tanto mais o Senhor Jesus será honrado. Até mesmo a leitura apressada dos quatro evangelhos, revela o fato de que coisa alguma agradava tanto ao Salvador, como a firme dependência que aqueles que permaneceram em Sua companhia demonstraram ter Dele. O próprio Cristo viveu e andou pela fé, e quanto mais o fizermos, mais estaremos sendo transformados em Sua imagem, como os membros para com a Sua cabeça. Acima de tudo, há uma coisa que deve ser nosso alvo, e que devemos buscar diligentemente, através de oração intensa; que a nossa fé aumente. Paulo foi capaz de dizer: "... A vossa fé cresce sobremaneira...". (II Tessalonicenses 1:3).
Ora, ninguém pode confiar em Cristo, a menos que seja Ele conhecido; e quanto melhor for Ele conhecido, tanto mais confiaremos Nele: "Em Ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque Tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam". (Salmos 9:10). Na proporção em que Cristo Se vai tornando mais real para nossos corações, e na medida em que nós vamos crescentemente nos ocupando com Suas multiformes perfeições, e Ele se torna mais e mais precioso para nós, a confiança em Sua pessoa se vai acentuando de tal maneira, que chega a ser natural confiarmos nEle, como natural é o respirar. A vida cristã é um "andar" de fé (II Coríntios 5:7), e essa própria expressão, denota um progresso contínuo, o livramento crescente de todas as dúvidas e temores, a mais ampla certeza de que tudo quanto Ele prometeu, haverá de cumprir.
Abraão é o pai de todos aqueles que creem, pelo que também o registro de sua vida terrena, fornece-nos a indicação do que significa ter uma confiança dependente no Senhor. Primeiramente, ante a simples palavra Divina Abraão voltou as costas para tudo quanto lhe era caro na carne. Em segundo lugar, ele partiu dependendo simplesmente de Deus, e habitou como estrangeiro e forasteiro na Terra da Promessa, onde jamais possuiu um simples acre de área. Em terceiro lugar, quando foi feita a promessa de que geraria um filho em sua idade avançada, ele não levou em conta os obstáculos que pareciam impedir a concretização dessa promessa. Finalmente, quando lhe foi ordenado que oferecesse a Isaque em sacrifício, por meio de quem aquelas promessas deveriam concretizar-se, ele considerou que Deus era capaz de até mesmo "Ressuscitá-lo dentre os mortos''. (Hebreus 11:19).
 Na história de Abraão, nos é demonstrado como a graça é capaz de subjugar um maldoso coração cheio de incredulidade, como o espírito pode ser vitorioso sobre a carne, como os frutos sobrenaturais de uma fé dada e sustentada por Deus, podem ser produzidos por um homem de paixões semelhantes às nossas. Tudo isso foi registrado, visando ao nosso encorajamento, para que oremos a fim de que o Senhor Se agrade por operar em nós, aquilo que Ele operou no pai dos fiéis e através dele. Não há outra coisa que tanto agrade, honre e glorifique a Cristo do que a confiança Nele, do que a confiança que espera, do que a fé similar à de uma criança, da parte daqueles para quem Ele, deu todos os motivos para Nele confiarem de todo o coração. E não existe outra coisa que tanto evidencie o fato de que estamos sendo beneficiados pelas Escrituras, do que a nossa fé crescente em Cristo.

6. O indivíduo se beneficia das Escrituras, quando estas geram nele o profundo desejo de Agradar a Cristo.
         "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo". (I Coríntios 6:19,10). Esse é o primeiro grande fato, que os crentes precisam aprender. Desse ponto em diante é mister que os crentes, "... Não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou". (II Coríntios 5:15). O amor se deleita por agradar a seu objeto, e quanto mais os nossos afetos se voltam para Cristo, mais haveremos de desejar honrá-Lo, mediante uma vida de obediência à Sua vontade conhecida. "Se alguém me ama, guardará a Minha palavra..." (João 14:23).
Não é com emoções felizes, e nem em profissões ou devoções verbais, e, sim, na aceitação real do jugo de Cristo, quando nos submetemos de maneira prática a Seus Preceitos, que o Senhor Jesus é verdadeiramente honrado. É particularmente neste ponto, que a genuinidade de nossa profissão cristã, pode ser testada e provada. Temos nós real fé em Cristo se porventura não fazemos qualquer esforço para aprender a Sua vontade? Que desprezo para um rei, se os seus súditos se recusassem a ler as suas proclamações! Sempre que houver fé em Cristo, haverá também o deleite em Seus Mandamentos, bem como a tristeza, quando qualquer um deles é desobedecido por nós.
Quando desagradamos a Cristo, cumpre-nos lamentar tão grande falha. É impossível crer seriamente que foram os meus pecados que levaram o Filho de Deus a derramar o seu precioso sangue, se eu mesmo não odiar esses pecados. Se Cristo gemeu sob o peso do pecado, igualmente nós devemos gemer. E quanto mais sinceros forem esses gemidos, mais intensamente deveremos buscar a graça para ser libertos de tudo quanto desagrada a nosso bendito Redentor, e para ser fortalecidos e capacitados a fazer o que Lhe agrada.

7. O indivíduo se beneficia das Escrituras, quando estas o faz ansiar pelo Retorno de Cristo.
O amor não pode satisfazer-se com qualquer coisa, menos que a vista do objeto amado. É verdade que até mesmo agora contemplamos a Cristo pela fé, contudo, fazemo-lo, "Como em espelho, obscuramente." Porém, por ocasião de Sua vinda, haveremos de contemplá-Lo, "... face a face...". (I Coríntios 13:12). Naquela oportunidade é que se cumprirão as palavras de Cristo: "Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo". (João 17:24). Somente isso cumprirá perfeitamente, os anelos de Seu coração, e somente isso, satisfará os anseios daqueles que foram remidos por Ele. E somente então é que Ele, "... Verá o fruto do penoso trabalho da sua alma, e ficará satisfeito...". (Isa. 53:11). "Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a Tua semelhança". (Sal. 17:15).
Por ocasião da volta de Cristo, liquidaremos a conta com o pecado para todo o sempre. Os eleitos foram predestinados a serem conformados segundo a imagem do Filho de Deus, e esse propósito Divino, só será concretizado, quando Cristo receber para Si mesmo o Seu Povo. "Sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-Lo como Ele é". (I João 3:2). Nunca mais, se interromperá a nossa comunhão com Ele, nunca mais, gemeremos e nos lamentaremos por causa de nossa corrupção no íntimo: Nunca mais, seremos assaltados pela incredulidade. Mas Ele apresentará a Si mesmo a Sua igreja, como: "... Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito". (Efésios 5:27). Estamos aguardando ansiosamente por aquela hora. Esperamos amorosamente pelo nosso Redentor. E quanto mais anelarmos por Aquele que vem, mais haveremos de preparar as nossas lâmpadas, em ardente expectação pela Sua vinda, e mais daremos evidências de que estamos nos beneficiando espiritualmente de nosso conhecimento da Palavra.
Que tanto os ouvintes, como o orador se perscrutem honestamente, na presença mesma de Deus. Busquemos as respostas verazes para as perguntas seguintes:
Temos um senso mais profundo de nossa necessidade de Cristo?
Para nós, Cristo está Se tornando uma realidade viva cada vez mais resplendente?
Estamos encontrando um crescente deleite em nos ocuparmos na contemplação de suas Perfeições?
O próprio Cristo está Se tornando mais e mais precioso para nós, a cada dia?
A nossa fé em Sua pessoa, está crescendo de tal modo que confiamos nEle quanto a tudo?
Estamos realmente procurando agradá-Lo, em todos os detalhes de nossa vida?
Estamos anelando tão ardorosamente por Ele que ficaríamos invadidos de júbilo, se soubéssemos        com certeza que Ele voltaria dentro das próximas vinte e quatro horas?
Que o Espírito Santo sonde os nossos corações com essas incisivas perguntas!


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