segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

TEMOR DO SENHOR NO ÍNTIMO (5)



Então disse eu: “Ai de mim, que vou perecendo! Porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos” (ISAÍAS 6:5).
        A VISÃO CORRETA DE DEUS: “...Ai de mim...”
        Caro leitor, já pude mostrar como os dias do profeta Isaías realmente assemelham aos nossos dias, claro com suas óbvias diferenças. Mas o homem é o mesmo, sempre orgulhoso e rebelde. A história da raça humana é a história da desgraça do pecado e é nessa pista lamacenta que vemos as pisadas de satanás, com suas astutas ciladas. Queremos conhecer os ardis do inimigo? Olhemos para o que ele faz na esfera religiosa deste mundo. Devemos ver como ele é incansável em sua tentativa de destruir a verdade e o culto ao Deus vivo, na tentativa de implantar seu sistema mentiroso e tão atrativo à natureza corrompida do homem.
        Mas agora quero convidar o leitor, pois devemos concentrar nossa atenção naquilo que é a parte mais importante do texto - experiência de Isaías, conforme o verso 5. Conhecer satanás e seus ardis é importante, mas o que mais precisamos para encher nossos corações é o conhecimento do Deus da Bíblia, o Senhor que se revelou aos homens por meio da Sua Palavra. O mundo é sempre assim, vai de mal a pior; satanás é freguês certo para o lago de fogo e não há qualquer esperança para Ele, para seus anjos e para todas as suas intenções malignas. A visão que Isaías teve de Deus foi crucial para sua vida e ministério. Em nossos dias precisamos ter essa visão do Senhor, conforme a Palavra. É certo que Ele não vai aparecer para nenhum de nós, assim como se manifestou para Isaías. Cremos num Deus que já se revelou na Palavra escrita; cremos na suficiência da Palavra; cremos que as Escrituras revelam esse Deus e que o propósito supremo de tudo é a glória Dele. Cremos que a Bíblia se torna é usado como um livro supersticioso quando perdemos o foco da glória de Deus e buscamos a glória humana, assim como os homens largamente fazem em nossos dias.
        Então caro leitor, diante dessa tremenda necessidade é que almejo trabalhar para expor esse texto para vocês. Em primeiro lugar quero mostrar que a visão correta do Deus da Bíblia causa um verdadeiro desmoronamento no ego: “ai de mim”. Ora, foi exatamente isso o que ocorreu na vida do jovem Isaías. Quando foi introduzido nesse cenário de pureza e santidade, Isaías não se assentou e ficou batendo palmas; não ficou assobiando, como vemos ocorrendo nos cultos modernos; não passou a dançar e pular gritando “aleluia, glória a Deus!”. Os cultos modernos não trazem a presença santa do Senhor conforme Sua Palavra. Os cultos modernos endurecem o ego, entroniza o homem e eleva ainda mais seu orgulho, pintando-o de santo e puro. Na visão do deus moderno realmente é o homem endurecido, mundano e obstinado encarando seus ídolos fabricados nas profundezas de um coração corrompido. Satanás gosta de se ocultar por detrás desses ídolos e fazer deles bonecos que falam, movem e que respondem os apelos carnais.
        Caro leitor, nessa primeira lição que se desponta perante nossos olhos, vemos que a visão correta de Deus chega como um fortíssimo golpe contra o ego. Foi assim com Isaías. Ele era um religioso, seguia a tradição de seus pais, mas não conhecia o Deus de Israel, o mesmo Deus de Moisés. Ali estava um moço sustentado pelo engano do coração, que pensava ser de Deus, que iria morar no paraíso com Abraão – o patriarca dos judeus. Mas, aquela visão mudou todo seu ser, porque o inimigo número 1 tombou por terra – o ego. Ele foi esmiuçado ante a presença da santidade de Deus. Foi esse “Ai de mim...” que esmigalhou Isaías. É esse “Ai de mim” que os homens não gostam, por isso querem tanto um deus diferente. Não querem e fogem de contemplar no íntimo o que Isaías presenciou fisicamente. Caro leitor, lembre-se que Deus requer a verdade no íntimo, não na mera aparência. O evangelho moderno vive de aparência, porque quer manter os homens na prisão, dando-lhes esperança vã. Quando a verdade chega no íntimo, os homens têm a visão de Deus como devem ter.

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